Abastecimento de Água
Fabricantes ivestem no tratamento de efluentes e em tecnologias de reúso para ganhar eficiência
Muitos conflitos são provocados ou agravados por escassez de água. Conflitos do Chade a Darfur, no Sudão; da Somália ao Deserto Ogaden, na Etiópia e em áreas no Iêmen, Iraque, Paquistão e Afeganistão, acontecem num grande arco de terras áridas onde a escassez hídrica provoca colheitas ruins, morte de gado, extrema pobreza e desespero.
Os oceanos são como a galinha dos ovos de ouro. Enquanto ela estava viva, botava um ovo dourado a cada dia, mas depois o agricultor ganancioso decidiu matá-la para obter todo o ouro de seu interior, mas nada encontrou, e a galinha não botou mais seus ovos porque estava morta. Durante séculos, os oceanos têm alimentado a humanidade.
A regulamentação sobre o gerenciamento de recursos tem levado as indústrias de refino de petróleo a buscarem formas de racionalização do consumo de água
Na verdade, o que a pessoa está querendo saber é se a tal água pode ser ingerida sem causar-lhe nenhum dano à saúde. E, para tanto, não podem existir subjetivismos do tipo “água boa” ou “água ruim”. Existe sim, o conceito técnico e preciso de “água potável”.
A Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou, no começo de 2008, dados assustadores sobre o desperdício de água no Brasil. Segundo levantamento feito pela ANA, cerca de 40% da água retirada do subsolo do país é desperdiçada. Cerca de 840 mil litros são recolhidos dos rios e do subsolo a cada segundo. Dividindo-se esse total pela população de 188,7 milhões de brasileiros, chega-se a um consumo médio de 384 litros diários por habitante, mas, na verdade, o número é bem menor, situando-se em torno de 384 litros. Do ponto de vista do consumo, a quantidade situa-se em patamar mais modesto: o relatório de Desenvolvimento Humano 2006 divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) afirma que o gasto médio diário da nossa população é de 185 litros. 199 litros são destinados à agricultura, à pecuária e à indústria e 150 litros – o que é assustador – desperdiçados. Adicione-se a esses números a água utilizada diariamente em residências, irrigação de jardins e limpeza de calçadas (e automóveis), em torneiras abertas por tempo superior ao necessário e em descargas prolongadas, e teremos números alarmantes. Em artigos já publicados nesta página, fizemos referência a procedimentos conhecidos e colocados em prática em alguns lugares, para economizar água. É o caso da irrigação por gotejamento na agricultura e do reúso ou reaproveitamento de água, na indústria; e de torneiras e descargas com emissões limitadas, como já existem em algumas instalações sanitárias de estabelecimentos comerciais. Outras iniciativas importantes, como deixar de utilizar água para lavar veículos e calçadas, dependem de uma ação de esclarecimento às pessoas, por meio de campanhas educativas.
Diariamente nas capitais brasileiras o desperdício de água potável equivale a 2.500 piscinas olímpicas (em média 2,5 milhões de litros de água). E a culpa neste caso, não é do consumidor. A perda de cerca de seis bilhões de litros – o suficiente para abastecer 38 milhões de pessoas – acontece entre a retirada dos mananciais e a chegada às torneiras. Matéria de Luana Lourenço, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 24/03/2008.
O brasileiro sempre se orgulhou em dizer que seu país não tem vulcões, terremotos e até 2004, antes do Catarina – fenômeno que atingiu a costa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul – podia falar que não havia furacões.
O mundo possui muitas fontes de água potável, apesar de estar má distribuída. Entretanto, de acordo com o “2º Relatório da ONU sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos no Mundo”, gestões equivocadas, recursos limitados e mudanças climáticas geraram sérios problemas para 1/5 da população do Planeta o qual não possui acesso algum à água potável e 40% não dispõe de condições sanitárias básicas.
Quem acompanhou meus textos anteriores talvez tenha tido a impressão de pessimismo, de que estamos chegando tarde demais e de que vamos ao encontro do pior. Na verdade somos realistas.
Aconteceu no mês de fevereiro deste ano uma nova licitação para arrendar os direitos minerários, equipamentos e instalações das fontes de águas minerais de Caxambu, Cambuquira, Araxá e Lambari, no Circuito das Águas.
O mundo está mudando a ritmo veloz e a pressão sobre os recursos naturais, tais como os hídricos, está aumentando.
A água (ou óxido de hidrogênio, ou óxido de dihidrogênio, ou monóxido de dihidrogênio) é uma substância abundante na Terra. Cerca de 3/4 da superfície do planeta são recobertas por água.
Uma gestão adequada dos sistemas urbanos de abastecimento e esgotamento pode reduzir uma série de impactos negativos, além de trazer resultados positivos para o ambiente, a sociedade e a economia. O conceito de sustentabilidade procura incorporar estas preocupações. Para que ele possa ser efetivamente aplicado, é preciso uma mudança na percepção sobre os referidos sistemas, acompanhada pela adoção de instrumentos de monitoramento. No presente trabalho, procurou-se estabelecer princípios específicos de sustentabilidade que possam ser aplicáveis àqueles sistemas, bem como foram propostos indicadores a serem utilizados como instrumentos de monitoramento, permitindo assim, orientar políticas públicas para o setor.
Levantamento realizado há alguns anos pela Unesco, toda a água doce existente hoje na superfície da Terra eqüivale a aproximadamente 4.100 lagos de Sobradinho. Levando-se em consideração que esse volume inclui as águas imprestáveis para qualquer atividade humana e que a distribuição dessa água ocorre de maneira extremamente irregular, resta a nós, que dependemos desse recurso vital e já escasso, um grande problema a administrar.
A dimensão da qualidade de água: avaliação da relação entre indicadores sociais, de disponibilidade hídrica, de saneamento e de saúde pública
Desperdício – Especialistas ensinam a adptar condomínios à norma da prefeitura, que quer tornar obrigatório o consumo racional
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) criou, na década de 1980/90, o Programa de Prevenção e Controle de Contaminação de águas Subterrâneas, propôs identificar os principais problemas de poluição dessas águas e preparar subsídios tecnológicos para avaliação e prevenção, a fim de proteger a saúde pública.
O sistema de abastecimento público de água em São José do Rio Preto é, na verdade, um multi-sistema, extremamente complexo.
Entrevista com David Foster Hales, Vice-Administrador Assistente do Centro Global do Meio Ambiente [Global Center for Environment] na Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) [U.S. Agency for International Development].