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Levantamento mostra que estações de tratamento de esgoto do Rio operam abaixo da capacidade

Um levantamento da concessionária Águas do Rio mostra que quatro estações de tratamento de esgoto da cidade estão operando muito abaixo da capacidade. Um melhor uso destes equipamentos poderia evitar que a maior parte do esgoto do Rio tivesse como destino final a Baía de Guanabara.

Concessionária Águas do Rio pretende investir R$ 74 milhões nas principais estações de tratamento de esgoto este ano. Investimento pode reduzir dejetos lançados na Baía de Guanabara

Imagem ilustrativa

A Estação do Caju, que tem capacidade de processar 2,5 mil litros por segundo, mas opera com bem menos: 1,42 mil litros. Isto representa 57% abaixo da capacidade.

A Estação da Penha poderia trabalhar com 1,6 mil litros de esgoto por segundo, mas trabalha atualmente com apenas 276 litros.

A Estação da Pavuna, com capacidade de 1,5 mil litros por segundo, só opera com 272 litros.

E a Estação do Sarapuí, que poderia processar 1,5 mil litros por segundo, trata apenas 231.

“O que a gente vê é justamente consequente da falta da capacidade de investimento do estado na Cedae. A capacidade, hoje, de fato, dado a dificuldade de investimento nos últimos anos, ela era abaixo do esperado e do necessário mesmo”, afirmou Leonardo Soares, diretor-presidente da Cedae.

Investimento

A concessionária Águas do Rio pretende investir R$ 74 milhões nas principais estações de tratamento de esgoto este ano. A empresa é responsável pelos serviços de água e esgoto em 124 bairros das zonas Norte, Sul e Centro do Rio, além de outras 26 cidades do estado, desde o começo de novembro.


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A promessa é que sejam investidos R$ 7,4 bilhões nos próximos cinco anos para que 90% do esgoto destas regiões sejam coletados e tratados.

Segundo a concessionária, boa parte deste investimento, cerca de R$ 2,7 bilhões, será usada em um cinturão na Baía de Guanabara.

“A solução para o esgotamento sanitário do Rio de Janeiro passa, primeiro, pela recuperação da estrutura existente hoje implantada. E isso vai ser logo no primeiro ano. Até o quinto ano, nós vamos fazer todo um grande cordão de isolamento em torno da Baía de Guanabara, que é para evitar que o esgoto caia e venha para essas estações, que já estarão recuperadas”, disse Alexandre Bianchini, diretor-presidente da Águas do Rio.

Em 2009, o então governador Sérgio Cabral tinha prometido que um dos maiores legados da olimpíada seria o tratamento de 80% do esgoto da Baía de Guanabara – o que nunca aconteceu.

Hoje em dia, a maioria do esgoto produzido na cidade cai nas redes pluviais, que deveriam receber apenas água da chuva. Essa rede leva o esgoto direto pra rios ou para a própria baía.

A solução tradicional é ligar as casas em um sistema que leve direto o esgoto para estações de tratamento.

Uma solução mais rápida, que consta no contrato de concessão, prevê que o esgoto saia das casas e caia nas redes pluviais. Nessas redes, vão ser instalados sistemas de coleta que vão levar os dejetos até as estações, para depois a água já chegar tratada na baía. O prazo para a conclusão da obra é 5 anos.

Em 12 anos, a coleta e tratamento de esgoto terá que ser universalizada na área de concessão, quando a água deverá chegar limpa a Baía de Guanabara.

“A população vai poder mergulhar na Baía de Guanabara? Eu não tenho a menor dúvida, essa é a intenção e essa é a lógica do processo. Sem que isso aconteça, nada do que estamos fazendo aqui vai ter valido a pena”, afirmou Bianchini.

Fonte: G1


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