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Rio Pinheiros é destaque no primeiro ano de ações do programa IntegraTietê

Maior volume de desassoreamento, nova passarela flutuante e melhora na qualidade da água, marcam evolução

No primeiro ano de execução do programa IntegraTietê, que visa a despoluição do rio Tietê e seus afluentes, o Pinheiros ganha destaque graças ao investimento na aceleração do desassoreamento, na retirada de lixo e contenção das margens, tudo com o objetivo de garantir mais segurança aos usuários. As duas margens receberam melhorias nas ciclofaixas e a instalação de uma nova passarela flutuante aproximar ainda mais o rio da população que o cerca.

Por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), realizou-se a remoção de 443 mil m³ de sedimentos da calha no primeiro ano do programa. Trata-se do maior volume retirado em 12 anos (desde 2012), com investimento total de R$ 196,5 milhões. Já por meio da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), retirou-se junto às Usinas Pedreira e São Paulo 861,31 toneladas de lixo e vegetação aquática. A Semil removeu, ainda, mais de 44 mil toneladas de lixo flutuante.

Com a intensificação das medidas, a Cetesb, observou, com base nos dados do período de 2020-2023 a melhora do IQA – Índice de Qualidade das Águas. O órgão monitora a qualidade da água em quatro pontos de amostragem. Os pontos são: Barragem do Retiro, Usina São Paulo, Ponte do Socorro e Usina Pedreira e mais 17 afluentes ao longo da Bacia Rio Pinheiros. Com destaque, neste período, a inédita classificação Boa, obtida para o IQA, no trecho do Rio Pinheiros na Usina Pedreira. Já para o ensaio COT – Carbono Orgânico Total, nos quatro pontos de medição da calha do Pinheiros, o resultado no último ano, também foi positivo, com uma média ponderada de COT de 18,7 mg/L, superando a meta de 2023, que era de 30,0 mg/L.

“A despoluição dos rios e seus afluentes é uma prioridade para a gestão pública. Queremos não apenas dar sequência ao que já existia, mas ampliar e intensificar ainda mais os programas e metas”, pontua o Secretário-Executivo de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Anderson Oliveira.

E as melhorias foram muitas

Além disso, o Daee já recuperou 17 quilômetros de margens. Com investimento total de R$ 171,6 milhões, a intervenção, que inclui a instalação de muros de gabiões ao longo do rio, auxilia no controle do processo de erosão das margens e na segurança dos usuários das ciclofaixas. Os novos muros também contam com rampas de acesso a cada 250 metros – intercaladas em cada margem, que permitem o acesso da fauna local à margem do rio, como as capivaras.

Conclusão prevista ainda neste mês para a recuperação total das margens, com a etapa final das obras que totalizam, ao todo, cerca de 18 quilômetros. Com a instalação dos gabiões, haverá a redução da erosão das encostas e do depósito de materiais dentro do leito do rio, o que também auxilia no combate a enchentes – já que esse material diminui a capacidade de o rio absorver o volume de água das chuvas.

Com a conclusão dessas obras, todos os trechos tanto da Ciclovia Franco Montoro, quanto do Parque Bruno Covas, voltam a ser liberados para a população. Outra novidade é que agora haverá uma conexão direta para os ciclistas irem até o Parque Villa-Lobos. Assim, permitirá maior locomoção nas opções de lazer da população e conexão com as ciclovias das avenidas Brigadeiro Faria Lima, Pedroso de Morais e Professor Fonseca Rodrigues.

No último ano, também instalou-se uma nova passarela flutuante, que liga o Parque Bruno Covas à Ciclovia Franco Montoro, na Zona Sul da capital paulista. Esta é a segunda estrutura do tipo em operação. A primeira localizada na altura das estações de trem da Granja Julieta e João Dias, inaugurada em julho de 2022. O equipamento tem 100 metros de comprimento por três metros de largura e faz a interligação entre as duas margens.

Importante destacar que em períodos chuvosos, quando a previsão for de maior intensidade, a passarela flutuante permanecerá temporariamente desativada. O fechamento servirá para a realização do trabalho de bombeamento no leito do rio. Assim, o objetivo é de evitar o transbordamento do canal Pinheiros e consequente alagamento e paralisação do tráfego nas vias marginais, e da Linha Esmeralda da ViaMobilidade.

IntegraTietê

Em março do último ano, o Governo de SP lançou o IntegraTietê, iniciativa que prevê uma série de medidas de curto, médio e longo prazo em prol do maior rio do Estado. A previsão é de investimentos da ordem de R$23 bilhões, até 2029. Os investimentos previstos para: a ampliação da rede de saneamento básico, desassoreamento, gestão de pôlderes, melhorias no monitoramento da qualidade da água, recuperação de fauna e flora, entre outras medidas.

O nome do programa dá a diretriz da atuação esperada para o Tietê: integração entre governo, iniciativa privada e sociedade civil. Investimentos e esforços integrados por meio de uma forte governança que permitirá direcionar recursos aos pontos mais vulneráveis do Tietê.

Entre as principais inovações trazidas estão a estruturação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para desassoreamento do rio e seus afluentes. Essa medida confere mais eficiência e sustentabilidade a longo prazo. A proposta de transformação do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) em Agência SP Águas fortalecerá os papéis de regulação e fiscalização do órgão. Isso deverá acontecer via projeto de lei. Outro destaque é para um modelo de contratação de esgotamento focado em gestão por resultados. Assim o modelo prevê a remuneração por número de clientes conectados e melhoria dos indicadores de qualidade da água do rio.

O programa conta, ainda, com o Fórum de Integração das Ações de Recuperação do Rio Tietê (FIAR-Tietê), composto por vários órgãos, como a própria Semil, Sabesp, Daee e Cetesb, e membros dos Comitês de Bacias.

Fonte: São Paulo Governo do Estado

A tecnologia SDOX®

A tecnologia SDOX®, da ChartWater, está sendo empregada na melhoria da qualidade da água do Rio Pinheiros, dentro de um programa abrangente de despoluição, com aplicação agora também no Rio joana, na cidade do Rio de Janeiro. O SDOX®, ou “Supersaturated Dissolved Oxygen“, foi desenvolvido no Texas A&M University e incubado no Genesis Technology Park da University of Arkansas.  Inicialmente com aplicações em estações de tratamento de esgotos municipais, com expansão para diversos segmentos industriais, além de despoluição de rios, lagos e reservatórios.

Em operação desde novembro de 2021 no Rio Pinheiros, e desde dezembro de 2023 no Rio Joana no Rio de Janeiro, o SDOX® apresenta inúmeros benefícios, entre os quais, destacam-se: eliminação de odor, dissolução de O2 em nano escala, com taxa de transferência de até 98%, melhoria na eficiência da degradação da DBO e DQO, baixo consumo de energia e fácil operação.

Com mais de 200 plantas instaladas nos Estados Unidos e Canada, essa tecnologia se consolida agora no Brasil.

Para obter mais informações, visite a página da ChartWater no nosso guia de produtos e serviços.


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