Mundo terá aumento de 1,4 ºC em comparação com o período pré-industrial; resultado foi influenciado pelo fenômeno El Niño
O ano de 2023 deve ser o mais quente da história, com aumento de 1,4 ºC em comparação com o período pré-industrial (1850-1900). Os dados são de relatório preliminar da Organização Meteorológica Mundial, ligada à ONU (Organização das Nações Unidas). O resultado é influenciado pelo El Niño –fenômeno relacionado à alteração da temperatura da superfície das águas no oceano Pacífico. A expectativa do órgão é de que 2024 registre um aumento ainda mais alto nos termômetros globais.
Um aspecto que explica as altas temperaturas a longo prazo é o aumento dos gases que promovem o efeito estufa. A ONU afirma que os níveis de CO₂ (dióxido de carbono) estão 50% superiores aos da era pré-industrial. Como a substância tem uma vida útil longa, demora mais para se decompor. O calor deve continuar se intensificando. “Os níveis de gases de efeito estufa são recordes. As temperaturas globais são recordes. A subida do nível do mar é recorde. O gelo marinho da Antártica está em nível recorde. É uma cacofonia ensurdecedora de recordes quebrados”, afirmou o secretário-geral da organização meteorológica, professor Petteri Taalas.
Os dados do órgão vão até outubro de 2023. O relatório completo do ano deve ser apresentado no 1º semestre de 2024. A prévia foi divulgada durante a COP28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023). O evento é realizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Segundo Taalas, um dos objetivos da ONU é limitar o aumento das temperaturas a 1,5 °C. “Precisamos que os líderes deem o tiro de partida na COP28 numa corrida para manter vivo o limite”, afirmou. Algumas das soluções propostas pelos especialistas são o uso de energias renováveis, como a eólica e a solar. Também mencionam a redução do uso de combustíveis fósseis, como o petróleo.
Ao se comparar os dados por meses, julho de 2023 foi o mais quente da história. Junho, agosto, setembro e outubro passaram os recordes anteriores de cada período. O gelo marinho teve extensão máxima de 1 milhão de km², a mais baixa já registrada. Significa que as geleiras estão derretendo por conta do calor. Os glaciares suíços, por exemplo, perderam 10% do volume restante em 2 anos.
Como consequência dos registros, o planeta teve eventos climáticos extremos e catastróficos, afirma a ONU. O órgão fala em ciclones, seca e aumento dos incêndios florestais.
Fonte: Poder 360
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