O reúso de água e as crises hídricas no Brasil.
A América do Sul possui extensos rios e é uma região privilegiada no tocante à água, sendo que somente o Brasil detém 12% das reservas de água doce do planeta, é o país com a maior quantidade de recursos hídricos gerados e possui três grandes bacias hidrográficas, além da grande parte do Aquífero Guarani
Imagem ilustrativa do Canva (O reúso de água e as crises hídricas)
No entanto, um país com a aparente abundância de recursos hídricos sofre com crises hídricas, principalmente nas regiões que apresentam maior densidade demográfica, pois onde há maior concentração de recursos hídricos, não é necessariamente onde há a concentração demográfica, como podermos observar no quadro abaixo, com destaque para a região Sudeste:
Fonte: IBGE
Por isso, especialmente nestas regiões com maior densidade demográfica, o reúso é uma alternativa extremamente eficiente, como é o caso da Companhia Espírito Santense de Saneamento – CESAN, que por meio de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), com estudo de estruturação e modelagem do projeto de tratamento de esgoto sanitário para fins de reúso industrial elaborado pela Fineggi Capital Serviços Financeiros, firmou uma parceria pioneira com a com a ArcelorMittal Tubarão, e vai licitar ainda esse ano, para atrair empresas para a construção e operação de uma nova estação de tratamento de esgoto reúso, se tornando a primeira empresa capixaba a usar água de reúso de esgoto sanitário para fins industriais, num dos maiores projetos de reúso do país.
Para Luciana Nazar, CEO da Fineggi Capital “projetos como este promovem a inovação, geram receita, reduzem impactos ambientais, preservam os recursos hídricos, demonstrando que o reúso é uma alternativa viável e sustentável ao uso de água potável na indústria, podendo ainda, contribuir para a diversidade da matriz hídrica do país”
Segundo estudo (CNI,2020) e dados do SNS – Secretaria Nacional de Saneamento (2018), o reúso de água de efluentes urbanos tem um grande potencial de crescimento, podendo passar dos atuais 1 m³/s, para algo em torno de 12,81 m³/s, a curto e médio prazo. Isso porque há uma tendência de agravamento dos problemas de escassez hídricas em regiões urbanas.
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Assim, os investimentos em reúso da água tratada do esgoto, segundo o estudo, podem gerar R$ 5,9 bilhões à economia e 96 mil empregos, fomentando o crescimento econômico, com efeitos multiplicadores, como:
- R$ 680 milhões em valor agregado na expansão da produção do setor de máquinas e equipamentos
- R$ 999,74 milhões em massa salarial;
- R$ 464 milhões em arrecadação de impostos, sendo R$ 36,17 milhões de IPI (imposto
federal) e quase R$ 237 milhões de ICMS (imposto estadual).
“O Reúso industrial já é uma realidade no nosso país, comprovando que, além de sustentável, é também viável econômica, financeira e tecnicamente, falta ainda mais fomento dessa alternativa ao uso de água potável, não só na indústria, mas também em diversas outras atividades, como por exemplo, irrigação, usos urbanos, geração de energia, afinal, o que custa caro é não ter água, como vimos na recente crise hídrica”, afirma Jaqueline Morinelli, consultora do setor.
Sobre a FINEGGI
A FINEGGI é uma empresa de consultoria independente dedicada a prover serviços de assessoria e consultoria financeira, atuando nas áreas de modelagem econômico-financeira, avaliação de empresas, captação de recursos, venture capital e empreendedorismo, assessoria em fusões e aquisições, além de assessoria na diligência para investidores e stakeholders.
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Fonte: Fineggi Capital