Identificação e controle de antibióticos nos alimentos para combate das superbactérias
Com os primeiros casos de covid-19 em Wuhan, na China, detectados no fim de 2019, o vírus rapidamente se alastrou pelo mundo, exigindo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretasse estado de pandemia já em março de 2020. De lá para cá, mais de 6,5 milhões de pessoas morreram no mundo por conta do coronavírus, segundo números da OMS de novembro de 2022.
Nesse período, a ciência e os órgãos de saúde mundial lutaram para encontrar caminhos para combater o problema, com a adoção de medidas restritivas e a corrida pelo desenvolvimento de uma vacina eficaz. Mesmo hoje, com os casos mais controlados, o trabalho ainda é árduo, já que novas variantes da doença surgem constantemente.
Ainda durante a pandemia, outra situação trouxe à tona um problema até então ignorado por muitos: as superbactérias que surgem exatamente em razão do consumo elevado de antibióticos. Eficientes para combater as bactérias, recentemente esses medicamentos acabaram sendo prescritos em maior quantidade, o que ligou o sinal de alerta.
Afinal, essa situação provoca uma verdadeira pandemia silenciosa. Para os que ainda duvidam, é importante conhecer alguns números. Dados da OMS estimam que cerca de 10 milhões de vidas anualmente podem ser perdidas em 2050 por causa de doenças resistentes aos antibióticos, caso o cenário não mude.
Debate necessário
O debate sobre o consumo de forma controlada dos antibióticos é conhecido pela população. Desde 2010, resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizada em 2011 proíbe a venda desses medicamentos sem a receita de um médico, da qual uma via fica retida na farmácia. Aliás, em novembro ocorre a Semana Mundial de Conscientização Sobre o Uso de Antibióticos exatamente para orientar as pessoas sobre o problema.
O que muitos não sabem ou esquecem, porém, é que os antibióticos também são ministrados em animais. Em resumo: seguem para o prato das pessoas constantemente, seja nos ovos, carnes, leites e, até mesmo, no mel. Dessa forma, faz-se necessário o devido cuidado com esse outro lado da história.
Atuar nesse “outro lado da moeda” exige ações conjuntas de todos os envolvidos, com a participação de órgãos governamentais, produtores, cientistas e empresas.
A Instrução Normativa da Anvisa de 2019 atualizou o limite máximo de resíduo (LMR) de medicamento de uso veterinário permitido em alimentos de origem animal. LMR é a quantidade máxima de resíduo que pode ser consumida diariamente sem causar problemas para a saúde das pessoas, de acordo com informativo da própria agência.
Por sua vez, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolve atualmente um grande estudo sobre o tema. Com as conclusões, será possível contribuir para o desenvolvimento de ações para aprimorar o controle e a qualidade dos alimentos, colaborando diretamente para qualidade de vida da população.
Aprimoramento dos testes
Nesse contexto, é possível identificar a importância da tecnologia para o aprimoramento das análises realizadas. Afinal, os avanços tecnológicos oferecem ferramentas avançadas para produtores e órgãos governamentais promoverem um melhor monitoramento da quantidade de antibióticos nos alimentos, seja no produto in natura ou já industrializado.
O assunto, aliás, foi debatido no Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite realizado no fim de setembro. Participante do evento, o especialista de produtos da Hexis, Eduardo Ferreira Fontes, destaca que a inovação permite identificar de forma rigorosa a presença de antibióticos nos alimentos.
De acordo com ele, até mesmo o mel pode ser avaliado, assim como os produtos industrializados.
Atualmente, o mercado apresenta soluções capazes de fazer um acompanhamento eficiente do problema em diferentes etapas. O Charm II, por exemplo, é um teste rápido para o estudo de drogas na detecção de antibióticos. De forma eficiente, a solução é muito utilizada para a análise do leite, da carne e de ovos, por exemplo. Esse acompanhamento qualificado garante a qualidade dos produtos e, consequentemente, evita o surgimento das superbactérias.
Fontes destacam ainda que outras soluções robustas permitem ampliar o monitoramento da quantidade de antibióticos nos alimentos. Com essas soluções, é possível analisar com grande acurácia os produtos industrializados.
Dessa forma, o avanço da tecnologia hoje facilita monitorar os produtos que chegam à mesa do consumidor, ampliando o cuidado na preservação da qualidade de vida da população com o combate à pandemia silenciosa promovida pelas superbactérias.
Gostaria de conhecer mais sobre as soluções da Charm para detecção de antibiótico em leite? Acesse o nosso site: https://www.hexis.com.br/land/charm-sciences
Fonte: HEXIS
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