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As razões que fazem da biotecnologia sinônimo de sustentabilidade

O mundo chega a mais uma Semana do Meio Ambiente, ampliando investimentos em biotecnologia e bioinovação, e ciente que o uso de microrganismos é um aliado essencial para transformar os processos de produção, tornando-os mais sustentáveis

A biotecnologia está em alta e continuará a crescer. Basta olhar alguns detalhes do anúncio do governo Biden, realizado no final do ano passado, destinando cerca de US$ 2 bilhões para investimentos no setor, em áreas como agricultura, com biofertilizantes, até diversos segmentos da chamada bioindústria. A aposta da Casa Branca em soluções geradas por microrganismos vivos é uma sinalização clara de que o planeta precisa adotar a biotecnologia como uma estratégia econômica global.

Mas qual a relação da atuação das chamadas ‘bactérias do bem’ com a preservação da Terra?

O Dia Mundial Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, tem como principal objetivo despertar a atenção de todos para a necessidade de enfrentarmos uma mudança na forma como produzimos energia, como a consumimos e como nos relacionamos com os recursos naturais. É o momento de mostrar o imenso desafio das mudanças climáticas e quais os caminhos que temos que adotar para trocarmos a destruição dos biomas por preservação.

São múltiplas as ações e a biotecnologia surge como uma das que une aumento de produtividade com sustentabilidade.

A agricultura é uma das áreas que mais gera desafios ao meio ambiente, mas tem, na biotecnologia, um propulsor revolucionário. Giuliano Pauli, diretor de inovação da Superbac – empresa líder em bioinovação no Brasil – explica que as inovações são aplicadas em nutrição de plantas e regeneração do solo, por meio de fertilizantes biotecnológicos, ricos em bactérias, com macro e micronutrientes.

“O resultado gera benefícios como melhor enraizamento, maior disponibilidade de nutrientes para as plantas e para o solo, além de reduzir o uso de químicos, pois funciona como uma alternativa parcial a eles. É, portanto, uma escolha sustentável e que gera aumento de produtividade”, reforça.

Esse propulsor da biotecnologia também alavanca a aquacultura, por meio de bioestimuladores em viveiros de peixes e camarões, contribuindo na degradação de compostos orgânicos e na redução do acúmulo de lodo orgânico no fundo dos viveiros. O incremento promove uma engorda em tempo reduzido e menos perda no transporte, gerando aumento de mais de 15% em produtividade com o uso desses produtos, além de ganhos com manutenção com menor necessidade de limpeza desses viveiros.


 

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No que tange aos desafios envolvendo água, a aplicação em efluentes, nas áreas de saneamento e indústria, há forte atuação da biotecnologia. Os microrganismos agem em sistemas de tratamento (ETEs, lagoas e tanques) e efluentes gerados pelos processos de limpeza de equipamentos e intervenções específicas.

As ‘bactérias do bem’ e os microrganismos específicos podem ser utilizados na despoluição de lagos e rios. Eles diminuem o volume de matéria orgânica tóxica das águas e melhoram a oxigenação, tornando-as mais limpas para que a vida retorne nesses locais.

Outras áreas

Já nas indústrias de óleo e gás, a biotecnologia age como um biorremediador de áreas contaminadas e em resíduos de óleos.

“Temos nesses segmentos um resultado de ganho sustentável significativo, por tratarmos potenciais passivos ambientais com microrganismos vivos. É a escolha mais amigável ao meio ambiente que uma empresa ou governo pode adotar”, lembra o diretor da Superbac.

A biotecnologia é aplicada também em indústrias frigoríficas e de laticínios, no tratamento de efluentes. Restaurantes também usam para limpar caixas de gordura substituindo produtos químicos por biológicos. Ainda no setor alimentício, a biotecnologia é alternativa aos conservantes químicos. Um iogurte, por exemplo, se torna mais natural e pode até ter seu tempo de validade estendido.

Outro segmento que se beneficia de soluções sustentáveis biotecnológicas é a indústria de cosméticos. Os microrganismos “constroem” fragrâncias, corantes e emulsificantes sustentáveis. Eles entram como substitutos de químicos, por exemplo, em produtos utilizados para limpeza de pele.

Dentro das casas há também produtos que funcionam como um eliminador biológico de manchas e odores causados pelos pets, totalmente seguros e sem nenhum químico. Há ainda pastilhas que eliminam odores de ralos, limpando a gordura acumulada e tratando a água que está sendo descartada. Basicamente, são microrganismos que são ativados quando entram em contato com os resíduos. Eles liberam enzimas que quebram as moléculas residuais em partes menores, para que sejam eliminadas de forma natural.

São incontáveis as áreas de penetração da biotecnologia onde ela age como ferramenta sustentável. Há avanços e pesquisas significativas no desenvolvimento de bioplásticos, de detergentes enzimáticos, de biocombustíveis (uma realidade crescente no Brasil), no concreto para construção civil, como insumo na indústria têxtil e até no cultivo de carnes em laboratórios.

O Brasil tem se preparado para essa revolução verde, com investimentos significativos, com diversas pesquisas lideradas pela Embrapa, no agrobusiness e com infraestrutura em inovação, como o projeto de mais de R$ 100 milhões da Superbac em sua Biofábrica em Mandaguari (PR), que é a mais moderna da América Latina, onde atuam mais de 70 cientistas. Não custa lembrar que o Brasil é o país com maior biodiversidade no planeta com um potencial imenso para abraçar a sustentabilidade.

Sobre a SUPERBAC

Fundada em 1995, a SUPERBAC é pioneira no mercado brasileiro de soluções em biotecnologia. Com a crescente preocupação ambiental e o iminente aumento da população, uma das principais necessidades da economia no século XXI é a criação de processos que permitam o aumento da produtividade, sem abrir mão da sustentabilidade.

Fonte: Superbac


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