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Aumento alarmante da seca do solo afeta um terço do mundo, revela estudo

No terço da Terra que não é permanentemente glaciado, cientistas descobriram que a umidade do solo tem diminuído ao longo das últimas quatro décadas. A conclusão foi publicada no periódico científico Environmental Research Letters em 5 dezembro, mas só foi divulgada em 1º de fevereiro.

A pesquisa indica que somente 5% das terras não glaciais apresentaram um aumento significativo da umidade do solo a longo prazo. Os pesquisadores analisaram dados referentes ao período de 1981 a 2021, modelaram a umidade da terra e calcularam as tendências de aumento ou diminuição de terra úmida.

Os principais fatores envolvidos no aumento da seca desde a década de 1980 são as elevadas temperaturas, uma das causas do aumento da evapotranspiração, e mudanças na distribuição das chuvas.

As áreas mais afetadas

A África equatorial, grande parte da América do Sul, os EUA continental e um cinturão que vai do leste europeu ao leste asiático são as regiões mais afetadas pela seca.

“Os resultados para a América do Sul foram os piores. 54% do continente foi significativamente afetado pela seca, enquanto a umidade do solo aumentou em apenas 1% da região”, disse Jan Řehoř, que liderou a equipe internacional do estudo feito por especialistas da CzechGlobe, em comunicado.

Na África, 40% do continente foi afetado por uma seca significativa, e apenas 8% da região observou um aumento da umidade do solo. Já no continente asiático, 32% da região secou e 6% teve aumento da umidade do solo.

Na América do Norte, ocorreu uma diminuição da umidade em 16% da região e um aumento em 7%, mas foi identificado um hotspot de seca no meio-oeste dos EUA.

Por último, na Europa, 37% das terras registaram uma diminuição e 1% registou um aumento na umidade do solo. Por lá, a seca é pior no verão e tem afetado principalmente as partes central e leste. “Na Europa Central, a seca está ocorrendo mais rapidamente nas partes central e noroeste, incluindo a República Tcheca e o arco dos Cárpatos, enquanto a tendência é mais lenta na Bacia da Panônia, principalmente na Hungria”, afirma Řehoř.

A combinação de climas quentes e secos com falta de umidade no solo têm levado à ocorrência de incêndios em áreas que incluem a África tropical e subtropical, a América do Sul e partes da Sibéria. Já um aumento significativo na umidade do solo foi observado no oeste da Índia, o Planalto Tibetano, o Canadá e partes da África árida e semiárida.

Fonte: UM SÓ PLANETA


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