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Medição de vazão em tubos de PE em tubulações não enterradas de grandes diâmetros – transferência Rio Grande – Taiaçupeba

Resumo

A crise hídrica que vivenciamos há poucos anos no sudoeste do país, principalmente na região metropolitana de São Paulo – RMSP e em algumas cidades do interior do Estado, demandou soluções rápidas e eficientes que atendessem as nossas necessidades para garantir o abastecimento de água.

Uma destas soluções rápidas e eficientes foi a instalação de tubulações de grande diâmetro de polietileno (PE) que, em relação ao assentamento convencional de tubulações de aço carbono ou outros materiais apresentou uma relação custo-benefício favorável ao projeto e execução de obras.

Uma vez executada a obra, o grande desafio residia em se medir, de forma confiável, a vazão veiculada na tubulação. Isso porque a tecnologia de medição ultrassônica, embora tenha evoluído muito nos últimos anos, ainda apresenta certa instabilidade e no caso peculiar da medição em tubulações não enterradas, apresenta principalmente restrições físicas.

As medições com o medidor ultrassônico do tipo “clamp on”; embora tenham evoluído muito; apresentaram instabilidade, muito provavelmente devido aos aspectos ligados a dificuldade natural de se medir o perímetro da tubulação de forma precisa, da variação dimensional do material em sua fase elástica devido à pressão de trabalho que a adutora é submetida e as dificuldades naturais para instalação dos sensores ultrassônicos em locais abertos em campo.

Começamos então a estudar formas de instalar pontos para utilização do método de medição convencional, que emprega uma técnica que começou com os engenheiros Henri Pitot em 1732, Henry Darcy 1725 e Edward Cole em 1896, após introduzirem a mais confiável técnica de medição existente: a pitometria.

A questão residia em como fazer pitometria em tubulações de materiais termoplásticos, como o polietileno; pois a técnica convencional de pitometria envolve a inserção do tubo de Pitot em uma válvula rosqueada diretamente na tubulação. Do ponto de vista mecânico, tubulações de polietileno não têm resistência mecânica suficiente para a instalação de uma válvula para introdução do tubo de Pitot.

Uma alternativa à instalação de um registro de derivação para instalação do tubo de Pitot seria por meio do processo de eletrofusão. Contudo, mesmo que se utilizasse a instalação de um colar por meio de eletrofusão, ainda assim não conseguiríamos medir o diâmetro interno da tubulação de forma precisa, pois as derivações comercialmente existentes não permitem a utilização do cálibre ou galgador, que é o instrumento utilizado em pitometria para se medir o diâmetro interno de tubulações.

Objetivo

Este relatório objetiva apresentar os resultados do ensaio de campo realizado no dia 21 de setembro de 2016, para levantamento das curvas características dos grupos motobombas instalados na CAPTAÇÃO AUXILIAR DA EEAB RIO GRANDE – TAIAÇUPEBA

Este ensaio consiste na medição simultânea das vazões e das alturas manométricas no conjunto, traçando-se assim as curvas individuais. A partir de cada curva obtém-se o polinômio que permite, através da altura manométrica total (AMT), determinar a vazão de recalque do cada conjunto. Isto possibilitará traçar a curva de desempenho da bomba para confrontá-la com a do fabricante. O ensaio foi realizado mediante solicitação da Superintendência de Produção de Água (MA). Tal solicitação gerou a Ordem de Serviço n.º 2292059/16 do Sistema de Gerenciamento de Manutenção (SGM).

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