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Água como Bem Econômico: Dessalinização para o Combate da Escassez Hídrica no Agronegócio

Resumo

A água é um dos principais recursos naturais que geram vida e, por estar envolvida em todos os setores do agronegócio, vem se tornando objeto de atenção por sua limitada disponibilidade no planeta. Sob a pressão do crescimento populacional e desenvolvimento econômico, ocorrerá uma forte demanda pela água nessa área. A crise hídrica mundial, associada às grandes exigências do setor agrícola com a tecnologia disponível, traz a viabilidade e o benefício da implementação de projetos alternativos de usinas dessalinizadoras. Sendo assim, com o artigo, objetivou-se analisar o processo de dessalinização como alternativa ao combate da carência hídrica no agronegócio, por meio de uma análise descritiva em pesquisa bibliográfica. O desenvolvimento de tecnologias com o intuito de reduzir os impactos ambientas e os custos de investimento e de produção, tornará essa técnica sustentável para garantir as exigências da água potável para a populaçao mundial futura e atual.

Introdução

Com o aumento populacional, desenvolvimento econômico e padrão de vida elevado da população, em uma configuração crescente de urbanização e industrialização, a demanda pelas cadeias produtivas da agricultura e das agroindústrias estão aumentando, consequentemente exigindo amplos volumes por serviços públicos essenciais e impactando nos recursos naturais em nosso país.

Recentemente, a água tem se tornado objeto de atenção por conta de sua importância e utilização, quanto pela limitada disponibilidade no planeta, sendo um dos principais recursos diretamente ou indiretamente usados para fins econômicos e sociais no agronegócio, incluindo a produção agroindustrial; alimentação e agricultura; geração de energia; navegação e transporte de cargas; atividades relacionadas aos serviços prestados pelos ecossistemas como pesca e lazer; utilização indireta nos aglomerados humanos, como higiene, limpeza, manutenção da casa, diluição de esgotos; tendo a necessidade de garantir a segurança hídrica da população.

O planeta Terra é considerado azul, devido a 70% de sua superfície estar coberta por água, no entanto essa quantidade não é própria para consumo humano, ou seja, não é potável, e sua distribuição é desigual ao longo do seu território. Em sua maioria, está na forma salgada dos mares e, em minoria, de água doce, concentrada em geleiras, rios, lagos e lençóis subterrâneos. Desse modo, há uma grande quantidade indisponível de água potável no mundo, diretamente associada a um gerenciamento inadequado e superexploração dos recursos hídricos, efeitos provocados pelas mudanças climáticas, pela poluição, desmatamento nas cabeceiras dos rios, acidentes ambientais e contaminação da água perante falta de saneamento básico e por produtos químicos provenientes de atividades agrícolas, descarga de dejetos industriais sem o devido tratamento, utilização de agrotóxicos e fertilizantes, ou pela inacessibilidade aos reservatórios subterrâneos, permanecendo somente uma pequena parcela dessa água destinada ao consumo humano, inserindo incertezas quanto à previsão da disponibilidade futura de água.

Atualmente grande parte da população mundial não possui água potável, bilhões de pessoas estarão vivendo em países ou regiões com escassez de água absoluta e utilizando recursos hídricos contaminados. Entende-se, então, que uma significativa parte da população mundial em breve enfrentará algum tipo de dificuldade severa e estará vivendo sob estresse hídrico, o que corresponde um nível de consumo superior à capacidade de renovação local por meios naturais, sendo necessária a inclusão de novos meios de atender a demanda por água.

A geração de novas tecnologias e a gestão de recursos naturais devem evitar desperdícios, visto que, na maior parte no mundo, ela se encontra na forma salgada, e a transformação em água potável pode ser uma saída cada vez mais aceita e pesquisada pelas técnicas de dessalinização. Sendo assim, com o artigo, objetivou-se analisar o processo de dessalinização como alternativa ao combate da carência hídrica no setor do agronegócio.

Autores: Valesca Schardong Villes; João Pedro Velho; Luciana Fagundes Christofari e Rafael Lazzari.

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