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Uso de areia de fundição em rodovias trará economia

A expectativa é que o custo do setor de fundição seja reduzido em cerca de 7%, o que é importante para o ganho em competitividade

O setor de fundição em Minas Gerais será beneficiado com a aprovação do projeto de lei que permite a utilização preferencial de areia descartada de fundição nas obras de construção e conservação de rodovias e de cobertura de aterros sanitários no Estado. A expectativa é que o custo do setor seja reduzido em cerca de 7%. A redução dos custos é importante para o ganho em competitividade. No Estado, o estoque de areia da fundição está em torno de 15 milhões de toneladas.

Aprovado em em 2º turno pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na última quarta-feira (23), o PL segue para sanção do governador do Estado. A expectativa é que seja sancionado nos próximos dias.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg), Afonso Gonzaga, a aprovação do PL 83/2019 é um grande avanço. O pleito estava na ALMG desde 2004 e somente agora conseguiu ser aprovado.

O projeto dispõe sobre a utilização preferencial de areia descartada de fundição nas obras de construção e conservação de rodovias e de cobertura de aterros sanitários no Estado.

Conforme os dados do projeto, a areia descartada de fundição constitui o maior resíduo industrial do Brasil, sendo em Minas Gerais geradas cerca de 400 mil toneladas por ano.

“A aprovação do PL 83/2019 é fantástico para o setor fundição. Este projeto já estava tramitando na ALMG há quase 20 anos, mas sempre que algum deputado responsável pelo PL saía, ele era arquivado. Em 2019, a deputada Ana Paula Siqueira se tornou a responsável e nós começamos a trabalhar nas comissões para que ele fosse aprovado. Tivemos também um apoio muito importante da Fiemg”.

De acordo com Gonzaga, a aprovação foi importante para o Estado, que é segundo maior em fundição do País, atrás apenas de São Paulo. Vários outros estados já tinham uma lei que permitia o uso da areia, como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

“A areia, que era chamada de resíduo industrial, é, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ANTT), um coproduto da fundição. Ela não tem serventia no setor porque com o uso, fica fina e não tem granulometria ideal. Quando chega neste ponto, ela é armazenada, o que gera custo alto para a indústria. Mas, é um produto sem nenhum dano e que pode ser utilizado para outros fins”.

Vantagens do uso da areia de fundição

Além de reduzir os custos do setor, em uma estimativa de cerca de 7%, o uso da areia para outros fins também trará economia para as prefeituras, empresas e para o meio ambiente.

“O reaproveitamento da areia, seja para obras de construção e conservação de rodovias ou para cobertura de lixo orgânico, reduzirá o uso do produto vindo de jazidas naturais, o que é importante para o meio ambiente. Cerca de 90% da areia utilizada vem de São Paulo e tem um custo elevadíssimo. Com a areia estocada aqui, o custo será reduzido para todos. O estoque de areia da fundição, em Minas Gerais, está em torno de 15 milhões de toneladas”.

Além da redução com os custos de estocar a areia, o setor também passa a ser beneficiado ao vender o coproduto, fatores que são importantes para o ganho em competitividade.

Desempenho

Sobre o desempenho da fundição em Minas Gerais, Gonzaga explica que o setor vive um momento positivo, de crescimento estimulado pelo marco do saneamento e projetos ferroviários.

Ao longo do primeiro semestre de 2023, a produção na indústria de fundição mineira cresceu 7,4%, se comparado com o mesmo período de 2022. As indústrias situadas no Estado estão trabalhando com praticamente 100% da capacidade instalada. A expectativa do Sifumg é encerrar o ano com alta de 10%.

Fonte: Diário do Comércio


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