As ciberdefesas dos sistemas de abastecimento de água potável dos Estados Unidos são “absolutamente inadequadas” e vulneráveis a ataques de hackers em larga escala de hackers, disse um funcionário de alto escalão do governo americano, nesta quinta-feira (27), pedindo para não ser identificado.
O governo tentou atender a cibersegurança da infraestrutura, mas há limitações pelo fato de a grande maioria destes serviços ser oferecida por empresas privadas
Imagem ilustrativa
“Há uma resistência inadequada para igualar (as capacidades) do setor criminal”, disse o funcionário.
O tamanho do desafio ficou claro em maio do ano passado, quando um ataque deixou temporariamente fora de serviço o importante oleoduto Colonial Pipeline.
Funcionários que falaram com os repórteres, sob condição de anonimato, mostraram um plano para que as empresas de água cooperem com o governo para tentar selar as falhas de segurança.
Como acontece em outros setores, como elétrico e de gás, o programa é de adesão voluntária.
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Outro problema é que existem cerca de 150.000 fornecedores de água diferentes para atender 300 milhões de americanos, segundo o funcionário ouvido pela AFP (agência de notícias Francesa). Também aumenta a vulnerabilidade o fato de se tratar de sistemas cada vez mais automatizados, com computadores que gerenciam o tratamento, o armazenamento e a distribuição.
“Esses processos, quero destacar, podem ser vulneráveis a ciberataques (…) Estamos particularmente preocupados que se lance um ciberataque para, por exemplo, manipular processos de tratamento e produzir água insegura, ou também para danificar infraestrutura hídrica, ou mesmo parar o fluxo de água”, completou esta fonte.
Fonte: Isto é dinheiro