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Movimento+Água busca Universalização

Movimento + Água – Iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global quer impactar 100 milhões de pessoas até 2030

Companhias de água e saneamento estão empenhadas em se alinhar à agenda do Movimento + Água, iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global para aceleração da universalização do saneamento e segurança hídrica do Brasil, que tem a ambição de impactar a vida de mais de 100 milhões de pessoas

Movimento Água

Foto Ilustrativa do Canva (Rio)

Trata-se de um esforço para cumprir o ODS 6, um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Social – agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015 – que estabelece a meta de chegar a 2030 com acesso universal a água e saneamento. As principais companhias – entre elas Sabesp, Copasa, Iguá Saneamento e Aegea Saneamento -, se dizem com fôlego para atingi-las.

No Brasil, o novo marco regulatório do saneamento, de 2020, estabelece que os Estados e municípios devem garantir a 99% da população o acesso a água de qualidade e que 90% contem com coleta e tratamento de esgoto, até dezembro de 2033. Para as companhias do setor, o acesso à água potável está bem próximo do ideal, mas a coleta e o tratamento de esgoto são desafios.

“Nosso abastecimento de água é próximo de 100%, a cobertura da coleta de esgoto é de 91%, e o tratamento de esgoto, 75%”, diz Benedito Braga, diretor-presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A empresa acabou de assinar seu compromisso com Movimento+Água. “A Sabesp já vem se preparando ao longo de anos, em função da sua governança corporativa, para essa agenda. A grande maioria dos nossos contratos já alcançou as metas propostas pelo programa ODS 6”, afirma.

Entre as ações de impacto estão o Onda Limpa e o Programa Novo Rio Pinheiros. Braga diz que a Sabesp mantém o nível de investimentos anuais acima dos R$ 4 bilhões e nos próximos anos serão entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões.

Segundo Braga, “investimentos feitos pela empresa em programas estruturantes foram responsáveis por esse resultado”. Ele cita, entre outros, o Projeto Tietê, que “já levou coleta e tratamento de esgoto a mais de 11 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo”.

Há razões de sobra para se investir em saneamento. Dados das Nações Unidas apontam que cada U$ 1,00 investido em água e esgoto resulta em economia de U$ 4,00 em saúde. Para a ONU, a água está no centro do desenvolvimento sustentável e é fundamental para o crescimento socioeconômico.


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A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), por sua vez, já tem garantido os investimentos para atingir a meta estabelecida pela Agenda 2030 da ONU.

“O abastecimento de água já é uma realidade nos municípios atendidos, porém, o maior desafio a ser superado é aumentar a área de cobertura com esgoto coletado e tratado”, relata o presidente Eduardo Tavares de Castro.

A companhia atende 640 municípios mineiros dos 853 que tem o Estado. Por conta das exigências do novo marco regulatório, a Copasa já atingiu em 2021, índices de cobertura que se destacam em relação à média nacional. Segundo o executivo, 99,4% dos moradores têm acesso à água tratada e 71,9% contam com coleta e tratamento de esgoto.

“Os últimos dados disponíveis apontam para índices nacionais significativamente inferiores aos da Copasa, ou seja, 84,1% para a cobertura de água e 43,9% para esgoto coletado e tratado”, afirma.

Apenas no ano de 2021, diz Castro, foram investidos aproximadamente R$ 1 bilhão na infraestrutura dos sistemas de abastecimento de água e esgoto, bem como em desenvolvimento empresarial e operacional.

“Para os próximos cinco anos, a previsão é da ordem de R$ 7,4 bilhões”, estima.

Para a Iguá Saneamento, a universalização do saneamento já faz parte do seu negócio.

“Assumir o compromisso do Movimento + Água não trouxe compromissos adicionais para a Iguá, que já trabalhava com as metas de universalização até 2033 antes mesmo do novo marco e do movimento”, diz o CEO Carlos Brandão.

A companhia opera em 39 municípios de seis Estados, oferecendo serviços de água e coleta de esgoto para 6 milhões de pessoas. Já em 2021, atingiu 100% da população urbana com água tratada e 82% das residências com esgoto coletado e tratado.

“A Iguá está preparada para atender as metas pactuadas pelo movimento, incluindo em seu plano de negócios todos os recursos necessários para a universalização do saneamento e a segurança hídrica dos recursos naturais”, afirma Brandão.

Nos últimos quatro anos, observa o executivo, foram investidos mais de R$ 1,2 bilhão.

“Os recursos estão voltados essencialmente para os serviços de distribuição de água tratada e coleta e tratamento de esgoto, incluindo as ações necessárias para a conservação do recurso hídrico”, diz.

Líder entre as privadas do setor, a Aegea Saneamento, é a embaixadora no país do Movimento + Água.

Além de cumprir as metas, tem o “desafio de mobilizar outras empresas de saneamento e de outros setores a se engajarem no movimento”, diz Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea.

Segundo o executivo, a companhia, que desde 2016 é signatária do Pacto Global, potencializou em 2021 sua participação nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para os próximos quatros anos, agora como apoiadora institucional da Rede Brasil, exclusiva do setor de saneamento básico. A companhia deu um salto no crescimento, passando de seis municípios em 2010 para 154 cidades em 13 estados, em 2021.

Fonte: O Valor Econômico


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