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As indústrias têm que se preparar para as mudanças climáticas

Temperaturas extremas, secas que afetam a disponibilidade e o abastecimento de água, aumento do nível do mar, tempestades, são alguns dos efeitos das mudanças climáticas que estão impactando as indústrias.

É preciso avaliar os riscos antes de elaborar planos de mitigação e adaptação para enfrentar os desastres que estão se multiplicando no mundo e no Brasil

Imagem ilustrativa

A mudança do clima gera impactos diretos e indiretos sobre sistemas naturais, grupos e sistemas humanos, assim como sobre a atividade econômica (setores industrial, energético e de transportes) devido a impactos na disponibilidade de recursos naturais nos quais tais atividades econômicas estão baseadas, incluindo impactos na infraestrutura própria ou compartilhada (Fonte: Adapta Clima).

O risco diz respeito às consequências (impactos) que podem ocorrer em determinado local quando há atributos de valor expostos e quando o resultado é incerto (probabilidade de ocorrência de um perigo) (Fonte: IPCC, 2014) .

Os principais efeitos das mudanças climáticas e regionalidade

Os efeitos são diferentes dependendo da região onde estão implantando as fábricas e parques industriais.

  • A região Norte e Centro-Oeste tem uma tendência nítida de aumento de temperatura. Atividades como desmatamento, agropecuária e mineração têm causado degradação ambiental severa e a redução da disponibilidade de serviços ecossistêmicos.
  • Na região Nordeste aparecem aumento de temperatura e redução da precipitação, com impacto direto na produtividade agrícola reduzindo a disponibilidade hídrica para irrigação e ameaçando a segurança alimentar (especialmente das populações mais pobres).
  • As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste encontram aumento de temperatura, precipitação e eventos climáticos extremos, levando a inundações e deslizamento de terras. O aumento de chuvas contribuirá para o aumento do escoamento superficial e da média de produtividade agrícola (podendo ser mantida até metade do século 21). A expansão agrícola da região poderá ameaçar a cobertura florestal remanescente.

Eventos climáticos extremos já impactam a competitividade das indústrias

Os desastres relacionados às mudanças climáticas estão interrompendo cada vez mais as cadeias de produção, abastecimento e logística, causando grandes danos econômicos, como o vendaval que atingiu uma fábrica de papel e 90% das empresas do município de Tangará-SC em agosto de 2020.

Em 2015, durante a crise hídrica, a falta de água ameaçou paralisar a produção do setor industrial de São Paulo.

Entre 1996 e 2015, as perdas econômicas globais geradas por impactos da mudança do clima somaram US$ 3,08 trilhões, causando cerca de 528 mil mortes.

No Brasil, os eventos climáticos extremos representaram perdas de até R$ 355,6 bilhões entre 2002 e 2012 (Fonte: estudo do Itaú, de 2017).


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Riscos associados à mudança do clima sobre o setor industrial no Brasil

Quais são as ações a serem consideradas para proteger os seus negócios?

É necessário atuar em duas frentes:

  1. Mitigação: Refere-se à redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) para evitar ou reduzir a incidência da mudança do clima.
  2. Adaptação: Ajustes em sistemas naturais ou humanos em resposta a estímulos, ou seus efeitos, e que moderam danos ou exploram oportunidades (Fonte: IPCC 2007).

É recomendável sinergia entre ações de mitigação e adaptação para aumentar a relação custo-efetividade, os benefícios sociais e tornar o sistema socioeconômico menos intensivo em carbono e ao mesmo tempo mais resiliente.

A Ramboll trabalha com diversas organizações para avaliar os riscos apresentados pelas mudanças climáticas. Revisamos e avaliamos os riscos, identificamos um programa de ações e mapeamos o progresso.

Ajudamos o cliente a manter-se lucrativo e bem-sucedido em um futuro impactado pelo clima. Desenvolvemos planos de redução de emissões e resilientes ao clima construindo soluções práticas que impulsionam o desempenho e valor duradouro do seu negócio.

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Gustavo Mello
Mestre em processos industriais
Diretor de operações da Ramboll Brasil
D +55 (11) 2832-8014
M +55 (11) 97205-8262
[email protected]

Gustavo é engenheiro químico e de segurança, com mestrado em processos industriais. Possui 17 anos de experiência na área de engenharia ambiental no Brasil, com ênfase em projetos de remediação de solo e água subterrânea (investigação, projeto e construção de sistemas de remediação, O&M, HHRA, monitoramento); projetos de qualidade do ar; engenharia do biogás; avaliação de risco industrial (EAR, PGR, PAE); engenharia de processo (tratamento de águas, disposição de resíduos sólidos).

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Fonte: Ramboll


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