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O plano da Corsan para minimizar a falta de água no verão

Medidas incluem controle de pressão na rede, substituição de tubulação com defeito e aumento no fornecimento de água

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Ampliação da estação de tratamento, localizada no Bairro Pedreira, faz parte do plano verão proposto pela companhia neste ano

Com o aumento gradual das temperaturas e o consumo maior de água durante o verão, a unidade municipal de Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) dá sequência a uma série de medidas de manutenção preventiva e de ampliação na capacidade para evitar a falta de água. A intenção é reduzir o número de eventos que prejudicam o abastecimento, em um plano formatado para atender o consumidor já durante o verão 2018/2019.

Além das ações, a gerente municipal da Corsan de Santa Cruz, Rosângela Freitas dos Santos, explica que a companhia conta com o fornecimento correto de energia elétrica e a cooperação dos usuários. Segundo ela, todos estão inseridos no processo de funcionamento do serviço. “Toda vez que ocorrem falhas na energia é preciso desligar o sistema. Cada desligamento implica em um tempo para reiniciar o serviço, e isto reflete no fornecimento de água”, diz.

Religação dos motores e bombas

De acordo com Rosângela, a religação dos motores e bombas da Corsan precisa ser gradual. “Quando falta água criam-se bolhas de ar na tubulação. Se ligarmos os registros com muita pressão, este ar pode gerar uma série de problemas em toda a rede”, conta. A gerente explica que mantém contrato de prestação de serviço com a RGE Sul, que atende a companhia dentro do esperado. “Mesmo assim, estamos sujeitos a cortes no fornecimento, e isto é normal.”

A cooperação do usuário também é útil, principalmente quando há cortes e desligamentos. Ao perceber que a pressão da água está menor, ou ao ser informado que o abastecimento será interrompido, por conta de um reparo ou desligamento, o consumidor tende a estocar. Este processo, segundo a gerente, ajuda a aumentar o desabastecimento durante a parada no serviço. Em consequência, cresce o tempo de espera para normalização do abastecimento quando ocorre a retomada. O ideal, de acordo com Rosângela, é que se consuma menos no período que eventualmente anteceder a falta de água. Em residências com reservatório, a orientação é para que se evite guardar o produto em outros recipientes quando ocorrem faltas.

Cinco pontos da estratégia

Instalação de válvulas redutoras de pressão (VRP). Estes dispositivos modulam a quantidade de água que passa pelas redes que levam a água aos bairros de Santa Cruz. Recentemente foram instaladas duas válvulas: uma na Avenida Independência, para controlar a pressão nos bairros Independência, Renascença, Universitário e Avenida, e outra na Rua Leonel do Prado, no Bairro Ana Nery. Estes equipamentos controlam a pressão, evitando rompimento nesses pontos. Já foram instaladas sete dessas válvulas em todo o município.

Troca da adutora na Rua Rio Branco, no Centro. A rede rompeu no feriado do último dia 15, por conta da situação precária da atual tubulação. De acordo com a Corsan, a troca dos tubos de 250 milímetros será finalizada até o fim de novembro. Atualmente, faltam 200 metros para concluir esta substituição. Com a nova adutora, problemas com rompimento na “parte alta” do Centro, assim como em áreas dos bairros Verena e Santo Inácio, tendem a ser reduzidos.

Instalação de três estações de tratamento compactas junto à estação de tratamento no Bairro Pedreira. A medida, que está sendo finalizada, aumentará a produção de água em 90 litros por segundo. No auge do verão, entre os meses de janeiro e fevereiro, esta ampliação estará 100% em funcionamento.

Troca permanente das redes de abastecimento no município. Santa Cruz tem 600 quilômetros de rede de distribuição de água. Em aproximadamente 12% desta tubulação, as condições dos canos é precária. Porém, a Corsan só troca a rede quando ela apresenta problema; por isso, não há como prever o tamanho da substituição da rede durante este verão. Atualmente, 63,5 quilômetros são formados por tubulação antiga.

Pesquisa de vazamentos não aparentes. A Corsan monitora o vazamento de água para reduzir as perdas no abastecimento. Toda a rede de distribuição, da estação de tratamento até o ramal de ligação às residências, vem sendo revisada pelas equipes contratadas pela estatal. A taxa atual de perda de água potável é de 57%. A redução deste percentual também é uma medida para evitar falhas no abastecimento.

Nova adutora na captação terá efeitos no futuro

A instalação da nova adutora na captação junto ao Lago Dourado é uma medida que terá efeito no fornecimento de água no verão seguinte ao que está por vir.  Programada pela companhia para estar em funcionamento já neste ano, a obra não foi concluída – a segunda fase do trabalho ainda não começou. A implantação da rede de 800 milímetros, que já foi feita no Bairro Bom Jesus, ainda precisa “atravessar” a BR-471 e alcançar o reservatório. “A fase final desta instalação já está autorizada para começar; no entanto, a sua conclusão não deve gerar impacto neste verão.”

Fonte: GAZ.

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