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Unidade de transferência de esgoto a inovação no transporte de efluentes

Resumo

“É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias”. A célebre frase de Sir. Albert Einstein define bem uma realidade pelas quais diversas organizações do setor de saneamento e da sociedade já vivenciaram, fortalecendo-se em alguns casos com o aprendizado adquirido nos tempos difíceis. Momentos de crise sempre existiram e sempre vão existir, e neste cenário, o surgimento de projetos voltados para uma melhor gestão dos custos operacionais, que agregam valor, aumento de receita e que se apresentam sustentáveis operacional e ambientalmente, ganham uma relevância ainda maior dentro das organizações.

Desde 2007 o setor de saneamento passa por adaptações da LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007. que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. O Brasil de uma forma geral tem apenas 56,30% de redes coletoras de esgotos abrangendo a população nacional, a região sudeste apesar de apresentar a melhor situação entre as demais compreende apenas 82,15% da população e a cidade de São Paulo apresenta cerca de 90% de atendimento das residências. Quando comparamos estes percentuais em números simples estamos falando de 89,1 Milhões de Brasileiros, 9,24 Milhões de Paulistas e 1,3 Milhões de Paulistanos sem coleta de esgotos. São números enormes que precisam ser corrigidos ao longo dos anos, falando especificamente do Estado de São Paulo e de sua maior cidade São Paulo.

Introdução

Neste contexto, a OC apresenta o Projeto UTE (Unidades de Transferência de Esgotos) que tem como principal objetivo proporcionar uma solução eficaz e econômica para o incremento do volume de esgotos coletados, compreendendo a remoção dos esgotos domésticos, industriais ou mesmo águas residuais dos imóveis com soleira negativa ou em ruas onde não existe a possibilidade de implantação de um sistema convencional de coleta por gravidade, causando o menor impacto possível no ambiente instalado.

Na área de abrangência da OC existe uma deficiência de 213.075 ligações de esgotos cadastradas em TL0, muitas aguardam obras de implantação de coletores de esgotos, coletores tronco ou mesmo projetos executivos muitas vezes inviabilizados devido a construções irregulares. Estas áreas têm sua regulamentação nas disposições da Lei nº 13.430, de 13 de setembro de 2002 inserida no Plano Diretor Estratégico – PDE, relativas às Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS e aos respectivos Planos de Urbanização, e estabelece critérios urbanísticos e de edificação para elaboração e implantação de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social – EHIS, Habitação de Interesse Social – HIS e Habitação do Mercado Popular – HMP. Sendo assim as desapropriações para o caminhamento das redes criam um cenário oneroso e muitas vezes inviável, causando grande perda de receita. A estimativa de perda financeira da OC é de R$3.665.408,00/Mês que é a diferença entre o arrecadado com a distribuição de água e o arrecadado pela coleta e afastamento de esgotos.

Aplicações típicas da UTE:

  • Implantação de coleta de esgotos em locais com soleira negativa, onde não há atendimento pelas redes coletoras convencionais;
  • Eliminação de lançamentos de esgotos em corpos d’água, em locais onde há redes coletoras de esgotos, mas não são atendidos pelos coletores tronco convencionais;
  • Eliminação de esgotamentos sanitários individuais ou coletivos por permissão de passagem;
  • Separação de sistemas de coletas de esgotos e de águas pluviais águas pluviais em locais onde apenas são compreendidos pelas galerias de rios e córregos.

(…)

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