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Redução de nitrato em água doce de um poço artesiano da cidade de Natal/RN por sistema de micro/nanofiltração

Resumo

Nos últimos anos, com a intensificação das atividades industriais e agropecuárias, a poluição das águas tornou-se uma preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que verificou a degradação de aquíferos em todo o mundo. Um dos compostos que começaram a causar preocupações foi o nitrato (NO3-). Este artigo discute o processo de separação em membranas poliméricas em remoção de nitrato em águas subterrâneas inferior a 1000 ppm em relação a pressão de operação de uma membrana de nanofiltração de um sistema de membranas micro/nanofiltração. Para isso, uma amostra de água de um poço artesiano foi coletada na cidade de Natal-RN, no Brasil com uma concentração de 20,8 ppm de N-NO3-. Analisando o desempenho do sistema de membrana de micro/nanofiltração para a qual foi observado que a taxa de rejeição de N-NO3- em média foi de 70,46% no sistema de permeado.

Introdução

água é um dos bens mais preciosos e essenciais para que haja vida e a sua manutenção, tornando importante ter reservas com qualidade e acessibilidade, com padrões definidos de potabilidade que possam ser consumidas ao longo da vida sem oferecer grandes riscos ao homem em suas diversas fases da vida (bebês, crianças, adultos e idosos) (CORCORAN et al., 2010; WHO, 2011).
Estima-se que 71 % da superfície do nosso planeta é coberta por água e, desta fração, 97,5 % é salgada e se encontra nos mares, oceanos e aquíferos, 1,8 % é inacessível nas geleiras, em estado sólido, e apenas 0,8 % consiste em água doce disponível em lençóis freáticos, rios e lagos (BRASIL, 2012). O advento da revolução industrial, o crescimento acelerado das cidades e da população, a contaminação dos reservatórios de água doce, efeitos climáticos e a distribuição irregular da água fizeram e fazem com que várias regiões sofram com a falta de água potável no Brasil e no mundo (BRIÃO et al., 2014).
Uma preocupação recente é o aumento dos níveis de íon nitrato na água potável, particularmente em água de poços em localidades rurais, sendo a principal fonte deste nitrato a lixiviação de terras cultivadas para os rios e fluxos de água. O excesso de íon nitrato em água potável é preocupante por causar em recém-nascidos a síndrome do bebê azul; e em adultos, conforme pesquisas, pode ser responsável por causar câncer de estômago e aumentar a probabilidade de câncer de mama em mulheres (BAIRD; CANN, 2011).
Nos últimos anos, com a intensificação das atividades industriais e agropecuárias, a poluição das águas tornou-se uma preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que verificou a degradação de aquíferos em todo o mundo. Um dos compostos que começaram a causar preocupações foi o nitrato (NO3-). Na Tabela 1 se encontram as concentrações permitidas para a água potável, segundo a portaria nº 2.914/2011 (BRASIL, 2011).

Autores: Francisco Rubens Macedo de Queiroz; José Theódulo Fernandes Neto; Manoel Ferreira da Silva Neto; João Utemberg Lucas Bezarra; Kepler Borges Franças; e Rodrigo Vieira Alves.

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