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A experiência da gestão compartilhada no sistema cantareira

Resumo

O Sistema Cantareira é responsável pelo abastecimento de água de milhares habitantes da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP e da Região Metropolitana de Campinas – RMC. Tais regiões possuem grande importância econômica pois têm influência direta no Produto Interno Bruto – PIB em razão de suas características, dentre elas as industriais, polos tecnológicos, infraestrutura viária, universidades, dentre outras. Na RMC o abastecimento público de água em quase toda a totalidade é realizado através da captação a fio d’água, ou seja, realizado diretamente em rios e por isso em grande parte do ano há necessidade do incremento das vazões regularizadas pelo Sistema Cantareira para garantir o abastecimento dessa região.

Introdução

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp é responsável pelo fornecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgotos para 368 municípios do Estado de São Paulo. Atende atualmente 27,9 milhões de pessoas com água tratada e 21,6 milhões de pessoas com coleta de esgoto, ocupando a quarta posição mundial como empresa de saneamento em termos de população atendida. Para atuar no setor de abastecimento no Estado, conta com 74,4 mil Km de redes de distribuição de água e 51 mil Km de redes de coleta, emissários e interceptores de esgoto, 240 estações de tratamento de água e 557 estações de tratamento de esgoto, bem como com um quadro de 13.672 empregados (2017).

Para realizar o abastecimento da RMSP, são utilizados sete grandes Sistemas Produtores: Cantareira, Guarapiranga, Alto Tietê, Rio Grande, Rio Claro, Alto Cotia e São Lourenço.

O Sistema Cantareira é o que possui maior capacidade de armazenamento. É composto pelo conjunto 6 represas: Jaguari/Jacareí, Cachoeira, Atibainha, Paiva Castro e Águas Claras. Interligadas entre si através de túneis e canais, que permitem ao final, após tratamento na estação de tratamento de água – ETA Guaraú, a distribuição de até 33 m3/s, na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP.

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Periodicamente são acionados diversos órgãos de controle das represas do Sistema Cantareira, compreendendo sobretudo comportas e válvulas, de forma a manejar as transferências de água entre as represas através dos túneis e propiciar descargas a jusante.

Essa operação, que se busca otimizar mediante o estabelecimento de regras objetivas, visa atender a cada momento as demandas de água para a ETA e, manter estoques de água nas represas capazes de superar períodos críticos de estiagem e, ainda, propiciar controle de cheias nas épocas chuvosas.

Além disso, a operação é realizada mediante as regras objetivas definidas pelos órgãos gestores e visa atender as demandas, mantendo estoques de água nos reservatórios capazes de superar situações potencialmente críticas de estiagem e, ainda, propiciar controle de cheias nas épocas chuvosas.

Na RMSP, o uso da água é agravado em razão dos usos múltiplos da água a que se destinam os recursos hídricos da Bacia do Alto Tietê, com destaque ao setor elétrico que durante muito tempo foi considerado prioritário devido à necessidade de geração de energia elétrica. Há necessidade de reavaliar o uso da represa Billings para este fim considerando a escassez hídrica na região e as prioridades de utilização da água conforme legislação vigente.

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