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Estudo comparativo da eficiência do uso de coagulante orgânico com um coagulante químico para o tratamento de água para abastecimento

Resumo

A crescente preocupação com a qualidade da água oferecida ao consumidor final é um desafio para o desenvolvimento de novas técnicas de tratamento de água para abastecimento. A necessidade de serem desenvolvidas tecnologia inovadoras e que ao mesmo tempo sejam menos agressivas ao meio ambiente também está em crescente preocupação para pesquisadores, e com isso surge uma nova possibilidade, o tratamento com coagulante vegetal, está se mostrando bem atrativa tanto em termos de qualidade da água ofertada ao consumidor final como na qualidade ambiental da destinação do lodo gerado nas Estações de Tratamento de Água. Considerando que atualmente a grande maioria das estações de tratamento utilizam coagulante químico para o tratamento, o que gera elevados custos de destinação do lodo e também estão associados a graves doenças que vem afetando a população, o presente trabalho propõem um estudo teórico experimental comparativo da eficiência de coagulação de um coagulante de origem orgânica e um coagulante de origem química, proporcionado análises de eficiência em remoção de cor e turbidez, bem como analises de pH para a identificação da melhor opção tanto em relação a eficácia no tratamento quanto em melhorias na qualidade do meio ambiente. O trabalho é realizado de forma experimental, com ensaios de laboratório em escala de bancada que comprovam o descrito na análise bibliográfica previamente estudada.

Introdução

A água é de extrema importância para a vida tanto do ser humano como de animais e plantas, levando em consideração essa afirmação se faz necessário obtermos o máximo possível de conhecimento e informações sobre a água. É de conhecimento que a grande maioria da superfície da terra é coberta por água, sendo distribuída cerca de 97% em água salgada nos mares e oceanos e os 3% restantes em água doce, dos quais 2,2% estão em geleiras e 0,8 % em estado líquido, que seria a água disponível para a nossa utilização.

A principal preocupação das empresas de abastecimento é atender as necessidades dos consumidores, disponibilizando água de abastecimento com padrões de potabilidade adequados e em quantidade suficiente para suprir os usos (PIANTÁ, 2008). A preocupação com a qualidade da água entregue ao consumidor final, se corrobora quando analisamos o processo de tratamento de água para abastecimento usualmente é composto por uma fase de coagulação e floculação, onde são utilizados coagulantes inorgânicos, formados por sais de ferro e alumínio, como o sulfato de alumínio (Al2(SO4)3), o sulfato férrico (Fe2(SO4)3) e o cloreto férrico (FeCl3) (NUNES et al., 2018). O sulfato de alumínio é um dos mais utilizados, porém, seu uso extensivo tem sido discutido devido à presença de alumínio remanescente na água tratada e no lodo gerado ao final do processo, muitas vezes em concentrações bastante elevadas, o que dificulta a disposição do mesmo no solo devido a contaminação e o acúmulo deste metal (CORAL et al., 2009).

O tratamento de água utiliza as mesmas técnicas desde o século XVIII, apresentando algumas diferenças no que diz respeito as legislações de controle de qualidade da água e instrumentos de processo. O tratamento convencional baseia-se basicamente em desestabilizar as partículas do poluente, formando agregados que poderão ser removidos através da diferença de massa específica no processo de sedimentações e flotação (GUSMÃO, 2014). Ainda segundo Gusmão (2014) para a realização do processo acima descrito a substancia química mais utilizada é o sulfato de alumínio, que é usado desde o surgimento da tecnologia até a atualidade pela facilidade na obtenção e o baixo custo, por ser uma mistura obtida através de matérias primas como ácido sulfúrico e bauxita.

Para amenizar ou até mesmo solucionar esse problema, nos últimos anos tem sido desenvolvidas pesquisas para a utilização de compostos orgânico, como a quitosana, moringa olifeira Lam, e taninos como alternativa ao tratamento convencional, sendo que os mesmos visam uma significativa melhoria no processo e permite uma melhor qualidade e menor quantidade no lodo gerado devido à ausência dos metais a cima citados (CORAL et al., 2009).

Autores: Bianca Correa Brem; Maria do Carmo Antunes Suita; Raquel Finkler e Janice Botelho Souza Hamm.

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