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Aquecimento global tornou seca na Amazônia 30 vezes mais provável

Análise é da World Weather Attribution; a crise hídrica na Amazônia foi considerada a pior dos últimos 43 anos na região

Aquecimento global tornou seca na Amazônia 30 vezes mais provável

Uma pesquisa da WWA (World Weather Attribution, em inglês) divulgada nesta 4ª feira (24.jan.2024) mostra que o aquecimento global tornou a seca de 2023 na Amazônia 30 vezes mais provável. Segundo a análise, o aumento das temperaturas foi determinante para a intensidade e extensão da seca. Uma equipe de 18 cientistas internacionais de universidades e agências meteorológicas do Brasil, Dinamarca, Reino Unido e Países Baixos elaborou o estudo. Os dados analisados pelos pesquisadores indicam que um evento “excepcional” e “devastador”, que pode ser registrado a cada 350 anos, caracterizou a seca do ano passado. Eis a íntegra do comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (PDF – 1 MB).

Para analisar a seca, os pesquisadores usaram os seguintes índices:

  • O IPS (Índice Padronizado de Precipitação) mede a seca meteorológica, considerando apenas a precipitação.
  • Spei (Índice Padronizado de Evapotranspiração de Precipitação) – considera a precipitação e a evapotranspiração para medir a seca agrícola e refletir melhor os impactos humanos da seca.

A pesquisa da WWA mostrou que a probabilidade de ocorrência de seca meteorológica aumentou em 10 vezes, enquanto a seca agrícola aumentou em 30 vezes. Os cientistas afirmam que, se não tivessem considerado os efeitos da mudança climática, teriam classificado a seca como “severa”, não como “excepcional”. Além disso, para a professora de oceanografia física e clima da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Regina Rodrigues, a temperatura foi um fator “primordial” para a seca.

Impactos, Tendências e Influências Climáticas

Integrante da Rede Clima (Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas), a professora afirmou que a seca começou mais cedo em 2023 e mais ao norte do rio Negro, o que resultou nos valores mais baixos em 120 anos.

A pesquisa ainda indicou o El Niño como um dos fatores para a seca na floresta. Com o aquecimento superficial das águas equatoriais no Pacífico, o fenômeno também foi responsável pela redução na quantidade de chuvas –no entanto, teve menor influência do que o aquecimento global em si, de acordo com a análise.

ENTENDA A CRISE

Contudo, a Amazônia enfrenta pior crise hídrica em 43 anos, destaca relatório do Cemaden. Desde 1980, a estação menos chuvosa na Amazônia não tinha índices tão agudos de deficit de chuva.

Nesse sentido, no trimestre de julho a setembro, os índices de precipitação ficaram abaixo da média histórica em praticamente toda a região.

Os Estados mais afetados foram Amazonas, Acre, Roraima, Amapá, Rondônia e Pará. Além disso, parte do Tocantins sofreu os efeitos da seca, assim como regiões do Piauí e Bahia.

Fonte: Poder 360


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Fundada em 30 de novembro de 2010, no âmbito do II Seminário Internacional de Dessalinização na cidade de Antofagasta, Chile. A AADYR é uma associação sem fins lucrativos que promove conhecimentos oportunos e experiências em torno de tecnologias de dessalinização, reuso de água e tratamento de efluentes, a fim de otimizar a gestão hídrica na América Latina e garantir o acesso à água potável dentro de padrões de qualidade, eficiência, sustentabilidade, desenvolvimento econômico e futuro social.

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