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Anglo American investe R$ 4 bi para filtrar rejeitos em Minas Gerais

Mineradora está investindo em uma planta para tratar o material e já concluiu 30% do projeto

Anglo American investe R$ 4 bi para filtrar rejeitos em Minas Gerais

A projeção da Anglo American é de investir aproximadamente R$ 12 bilhões no Brasil até 2027. Dentro desse plano de investimentos está a construção de uma planta de filtragem de rejeitos na área operacional da mineradora em Minas Gerais, com aporte total de R$ 4 bilhões. Até o momento, a companhia investiu cerca de R$ 1 bilhão e concluiu 30% das obras da unidade.

O novo sistema deve ficar pronto em 2026. Quando entrar em operação, ele será capaz de filtrar mais de 80% dos rejeitos do complexo Minas-Rio e evitar o envio das sobras para a barragem.

A CEO da Anglo American no Brasil, Ana Sanches, destaca o projeto como um forte sinal do comprometimento da empresa em buscar soluções alternativas à disposição de resíduos, bem como aplicar recursos no Estado. Além dessa iniciativa, existe uma série de outras ações previstas e confirmadas para melhorias das operações em solo mineiro, carioca e goiano, conforme ela.

Com ajustes e investimentos, a executiva acredita que, a médio prazo, a mineradora poderá alcançar uma produção anual de 31 milhões de toneladas de minério de ferro no Minas-Rio. De acordo com ela, verificar os gargalos operacionais do empreendimento e empregar capital para solucioná-los permitiu que a companhia alcançasse níveis produtivos que sempre almejou.

Ana Sanches realça que o complexo minerário da Anglo American em Conceição do Mato Dentro passou por uma curva de crescimento desde o início dos trabalhos, em 2014. De lá para cá, a empresa pôde conhecer melhor a operação e amadurecer a gestão, o que motivou o resultado de 2023, quando atingiu 24,2 milhões de toneladas produzidas, um aumento anual de 12%.

Otimismo para 2024

O Minas-Rio tem uma capacidade nominal de produção de 26,5 milhões de toneladas e, para este ano, a estimativa da companhia é de produzir entre 23 a 25 milhões. Segundo a CEO, tudo caminha bem para a mineradora atingir o volume e consolidar uma estabilidade operacional. Ela diz que é preciso, de forma consistente e recorrente, entregar os mais altos patamares produtivos.

Um dos motivos para a CEO estar confiante é a característica do minério de ferro produzido pela Anglo American em Minas Gerais, um produto premium, com grande demanda por parte das empresas que visam reduzir as emissões de carbono. E ela crê que a alta procura vai continuar, embora ressalte que é uma commodity e as reações do mercado precisam ser acompanhadas. Os principais clientes da companhia estão nos Emirados Árabes, Japão, norte da África e Europa.

Acordo com a Vale e possibilidade de expansão do Minas-Rio

Em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, Ana Sanches também comentou sobre o acordo para adquirir e integrar, aos ativos do Minas-Rio, os recursos minerais da Serra da Serpentina, de propriedade da Vale. Ela afirma que a parceria será benéfica para todos os envolvidos.

“Vemos essa parceria de uma forma muito positiva. Estamos falando de adicionar na Serra do Sapo a Serra da Serpentina, que é um recurso de minério de ferro de alto teor. Isso vai trazer a possibilidade de continuarmos a nossa produção utilizando recursos de maior teor e também uma maior quantidade de recursos friável, que é menos compacto, por um período mais longo”, disse.

“Também vemos a possibilidade de sinergia de uma operação otimizada e de não ter duas mineradoras operando de forma simultânea. Já temos um histórico de muitos anos de relacionamento não só com a cidade de Conceição do Mato Dentro, mas também por toda a região. Então a gente vê que é benéfico também para a própria região continuar o relacionamento conosco nessa curva de amadurecimento ao invés de trazer uma nova mineradora”, completou.

Segundo a executiva, a Anglo American, após os órgãos responsáveis aprovarem a negociação, o que está previsto para ocorrer no quarto trimestre deste ano, realizará diversos estudos de análise da lavra de Serpentina para entender quais serão os licenciamentos e aportes necessários na operação. A estimativa, de acordo com ela, é de concluir os levantamentos em cinco anos.

Ana Sanches diz que depois de realizar as pesquisas dos recursos que serão adicionados ao complexo, em Minas Gerais, é possível pensar em uma expansão do empreendimento. Conforme ela, a mineradora acredita no potencial dos minerais adicionais para que essa ampliação ocorra.

Fonte: Diário do Nordeste


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