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Tirolez usa efluentes do processamento do leite na fertirrigação

De olho em uma produção mais sustentável, empresa tem apostado em iniciativa que contribui para reduzir o impacto ambiental.

Em busca de uma melhor destinação dos efluentes resultantes do processamento do leite, a Tirolez, empresa produtora de queijos, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), está fornecendo os efluentes para a fertirrigação

Tirolez Efluente

Imagem Ilustrativa do Canva – Produção de Queijo

O projeto, que foi iniciado no ano passado em uma propriedade parceira na cidade de Arapuá, no Alto Paranaíba, é considerado uma boa opção para o manejo das pastagens.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a fertirrigação é uma técnica de aplicação simultânea de fertilizantes e água, através de um sistema de irrigação.

De acordo com o gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Tirolez, João Vitor Ferreira, a iniciativa nasceu da parceria com a UFV e se deu a partir de um projeto de iniciação científica que tinha o objetivo de analisar a composição de alguns dos efluentes resultantes dos processos fabris.


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A unidade onde o projeto está em execução desde abril de 2021 recebe uma aplicação média de 300 metros cúbicos por mês de efluentes via fertirrigação. A medida, além de gerar benefícios para a lavoura local, reduz o volume de efluentes que seriam lançados em rios após o tratamento.

Com a fertirrigação é possível aumentar a produção da pastagem por área, aproveitando os elementos químicos que existem no efluente. Além disso, há um aumento da reciclagem de alguns nutrientes, o que permite ampliar a qualidade de pasto, reduzindo a demanda por fertilizantes, por exemplo.

“A aplicação do efluente no solo tem gerado resultados positivos. Além da Tirolez dar uma melhor destinação ao efluente, o produtor rural está obtendo resultados positivos e reduzindo custos”, explica Ferreira.

Ainda segundo o gerente da Tirolez, os efluentes gerados com o processamento do leite são ricos em matéria orgânica e elementos químicos, como nitrogênio, potássio, zinco, entre outros.

“Por ser rico em elementos químicos e matéria orgânica,(o efluente) ao ser aplicado no solo, o produtor reduz a necessidade de utilizar fertilizantes químicos. O processo é mais sustentável e reduz os custos de produção”.

Além do menor uso de fertilizantes químicos, outra vantagem é que a pastagem continua recebendo a fertirrigação no período de seca, o que é importante para manter a qualidade do solo e dos pastos. E, com o rebanho leiteiro  melhor alimentado, há ganhos em produtividade.

Uso aprovado

As pesquisas para o uso dos efluentes foram desenvolvidas para aplicação em pastagens, buscando atender a demanda dos produtores de leite. Porém, Ferreira não descarta projetos futuros voltados para outras culturas.

Com os resultados positivos vistos em Arapuá, a Tirolez vai levar o projeto para a unidade industrial de Caxambu do Sul, localizada em Santa Catarina.

O uso dos efluentes na fertirrigação das pastagens foi submetido e aprovado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), o que garante um processo seguro e que não gera risco de contaminação do solo.

Fonte: Diário do Comércio


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