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Sigma Lithium realiza primeiro embarque de lítio ‘verde’ no Porto de Vitória (ES)

Empresa realizará evento para celebrar o embarque de 30 mil toneladas, sendo 15 mil de lítio e 15 mil de subprodutos de alta pureza

A Sigma Lithium realizou no dia (27/07), o primeiro embarque de lítio no Porto de Vitoria (ES). O produto, segundo a empresa, é o primeiro no mundo a atingir o padrão triplo zero (zero carbono, zero rejeitos, zero químicos nocivos), denominado pela Sigma como “Lítio Verde Triplo Zero”.

De acordo com a empresa, o Lítio Verde Triplo Zero produzido no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, representa uma nova era na indústria mundial de insumos para baterias de veículos elétricos.

“O pioneirismo do produto brasileiro ‘verde’ viabiliza a neutralidade de carbono a ser atingida pelos fabricantes de baterias de veículos elétricos, atualmente produzidas em mais de 100 grandes fábricas no Japão, Coreia do Sul, China e Estados Unidos, atendendo a uma demanda global significativa de mais de 12 milhões de veículos elétricos projetada para 2024”, destaca a empresa.

O embarque será celebrado em evento no Vports – Porto de Vitoria, com a presença do Vice-Presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e dos governadores, Romeu Zema, de Minas Gerais, e Renato Casagrande, do Espírito Santo.

A primeira remessa consiste em 15 mil toneladas de Lítio Verde Triplo Zero e 15 mil toneladas de subprodutos ultrafinos de alta pureza (“Subprodutos Verdes Triple Zero”), industrializado na planta de beneficiamento pré-químico de separação e purificação por tecnologia de meio denso (“Planta Industrial Verde”).

A planta da Sigma, no Vale do Jequitinhonha, recebeu investimentos de cerca R$ 3 bilhões de reais.

Segundo a companhia, para atingir o padrão Triplo Zero, foram desenvolvidos processos industriais verdes por meio da utilização de tecnologias de última geração para a produção e beneficiamento do lítio, sendo eles:

  • Separação por meio denso, que dispensa o uso de químicos nocivos na industrialização do lítio.
  • Utilização de água com qualidade de esgoto no processo industrial, e reaproveitamento integral desta água.
  • Inovação e desenvolvimento de tecnologia de secagem e empilhamento a seco de rejeitos.
  • Reciclagem integral dos rejeitos, com a venda do Subproduto Verde Triple Zero e a utilização do cascalho para a pavimentação das estradas rurais de terra das comunidades do Vale do Jequitinhonha.
  • Utilização de energia 100% renovável na operação industrial.

“Esse lítio representa o Brasil no mundo e define nosso país como território produtor líder ambiental de insumo tecnológico industrial de lítio. O país muda de patamar no setor e passa a ser o novo paradigma global de sustentabilidade socioambiental dentro das cadeias globais de fornecimento de insumos para baterias de veículos elétricos. Estabelecemos nossa imagem de nação produtora com consciência ambiental e inovação tecnológica de ponta, inovando no primeiro módulo de planta de empilhamento a seco”, afirma a CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral.

“Ou seja, a vantagem competitiva do nosso insumo reside nos processos industriais verdes, abrindo o caminho para o fortalecimento do Vale do Jequitinhonha como região produtora global. Por sermos pioneiros na industrialização do Lítio Verde Triplo Zero, possuímos clientes cativos nos fabricantes de baterias e carros elétricos para os mercados globais cujos consumidores não gostariam de ter ‘insumos marrons’ nos seus carros verdes”, explica a executiva.

“Por meio da compra de créditos de carbono originados na floresta amazônica, passamos a contribuir de forma prática para a sobrevivência da floresta: acreditamos que créditos de carbono são um dos pilares da conservação da Amazônia, pois mostram para a população amazônica que manter a floresta de pé e conservá-la, integrando um projeto sério de geração de créditos de carbono, é mais economicamente valioso do que cortar as árvores e vendê-las”, acrescenta Ana Cabral.

Ainda de acordo com a empresa, ao longo dos últimos seis anos, foram implementados métodos de produção ambientalmente sustentáveis:

  • Preservação da água potável da comunidade vizinha à planta, mantendo intacto um ribeirão temporário e, consequentemente, perdendo 25% de suas reservas minerais econômicas.
  • Utilização de 15% de biocombustíveis na frota de suas operações minerais.
  • Minimização da supressão de vegetação de caatinga nas áreas de empilhamento de estéril, utilizando áreas de pasto com vegetação já antropizada.
  • Introdução de simulações eletrônicas de cargas para diminuir o uso de explosivos nas operações.

“Acreditamos que as empresas têm um papel significativo no combate às mudanças climáticas pela redução da pegada de carbono. Na cadeia da mobilidade elétrica, essa responsabilidade é ainda maior. O Brasil propicia as conduções ideais para a instalação de todo um ecossistema industrial carbono zero, extremamente competitivo e financiado por mercados de capitais, em torno da produção dos insumos para a indústria de fabricação de baterias elétricas no mundo inteiro”, conclui a executiva.

Planta industrial “greentech”

A planta de processamento greentech foi projetada para industrializar simultaneamente o Lítio Verde Triplo Zero e o Subproduto Verde Triplo Zero através do módulo industrial de empilhamento a seco.

“A planta industrial greentech é um modelo de sustentabilidade ambiental para apoiar totalmente o setor de veículos elétricos no combate às mudanças climáticas, permitindo ao Brasil tornar-se líder na transição energética global como um importante fornecedor de insumos extraídos e industrializados de maneira sustentável para o meio ambiente e as comunidades do entorno”, ressalta a empresa.

A Sigma recicla integralmente seus subprodutos, vendendo parte dos rejeitos e utilizando o restante para a pavimentação de estradas rurais. Essa remessa de Subproduto Verde Triplo Zero é reciclada em concentrado de lítio de grau bateria também para uso na produção de baterias de veículos elétricos.

Estreia na B3

No dia (24/07), a Sigma Lithium passou a ter BDRs (Brazilian Depositary Receipts) negociados na B3, a bolsa brasileira, permitindo a compra de frações de suas ações por pessoas físicas e jurídicas – no caso da Sigma, a paridade é de 3 BDRs para 1 ação.

A principal vantagem da modalidade é facilitar o investimento para os residentes no Brasil, possibilitando ao investidor adquirir BDRs através de conta em uma corretora no Brasil.

Fonte: Revista mineração e sustentabilidade


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