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Morte de milhares de peixes em lagoa de Linhares, Norte do Espírito Santo, pode ter sido causado pelo esgoto de cadeia.

Secretaria de Meio Ambiente diz que esgoto é jogado sem tratamento na lagoa e que essa é uma causa suspeita para a mortandade dos peixes

 

peixes mortos

 

Na última segunda-feira (12) a morte de milhares peixes chamou atenção em uma lagoa urbana no bairro Jardim Laguna, em Linhares, Norte do Espírito Santo. Amostras da água e dos peixes foram recolhidas para análise em laboratório. Uma das causas suspeitas para o grave problema ambiental é o despejo irregular de esgoto na região.

 

De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Linhares, Fabrício Borgui, até o esgoto gerado em um presídio da região é despejado na lagoa onde os peixes morreram. A Penitenciária Regional de Linhares (PRL), localizada às margens da lagoa, recebe presos de regime provisório e semiaberto.

 

“Todo o esgoto gerado na PRL é despejado na lagoa e isso pode provocar problemas como esse que a gente observou aqui, como a mortandade de peixes. É um esgoto sem tratamento, ele é coletado dentro da unidade e é descartado direto na lagoa. É uma unidade que precisa ser reavaliada, principalmente nessa questão do esgoto, precisamos fazer a ligação e o tratamento desse esgoto”, disse o secretário.

 

O secretário afirmou que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) será feito para que o esgoto do presídio não seja despejado na lagoa, mas ainda não há prazo determinado.

“O Ministério Público está formalizando um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Governo do Estado para a solução desse problema de lançamento de esgoto. O Governo do Estado vai construir uma tubulação para ligar com a rede de esgoto do bairro Jardim Laguna. Ainda não existe um prazo”

A primeira hipótese considerada pela prefeitura para justificar a morte de tantos peixes foi a mudança brusca de temperatura no movimento das águas. Com esse fenômeno, a água da parte mais funda da lagoa, que tem menos oxigênio, vai para a superfície. A previsão é de que o resultado da análise da água e dos peixes seja divulgado em até 30 dias.

 

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SEJUS PLANEJA CONSTRUIR ESTAÇÕES DE TRATAMENTO

Em relação ao possível despejo de esgoto na lagoa, a Secretaria da Justiça, responsável pela gestão do presídio, informou que adota padrões de controle de tratamento de dejetos em todas as unidades prisionais do Estado.

A Sejus também informou que tem buscado a melhoria do tratamento da água por meio de projetos de modernização e ampliação das unidades, e que prevê a construção de estações de tratamento de esgoto nos complexos prisionais de Linhares.

A gazeta

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