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microplásticos em terras agrícolas

Há mais microplásticos em terras agrícolas do que em oceanos

Um estudo da Universidade Murdoch destacou que os solos agrícolas contêm cerca de 23 vezes mais microplásticos do que os oceanos.

Tanto microplásticos quanto nanoplásticos foram encontrados em plantações, tendo acontecido devido a fertilizantes, cobertura plástica e até mesmo lançamento de nuvens.

“Esses microplásticos estão transformando terras produtoras de alimentos em um sumidouro de plástico”, disse o pesquisador Joseph Boctor, que liderou o estudo.

Isso é particularmente preocupante quando combinado com descobertas desses plásticos nos pulmões, cérebro, coração, sangue e até mesmo na placenta humana. Quando somada ao fato de que a avaliação de toxicidade dos aditivos é frequentemente negligenciada, a crise do plástico fica descontrolada e a saúde humana exposta.

Crise climática escancara condições precárias de trabalho

Segundo estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado em 2020, as mudanças climáticas representam um risco crescente para a saúde e segurança de mais de  70% de pessoas trabalhadoras em todo o mundo. Para motoboys e catadores de plástico, a situação é ainda mais complicada: a crise climática escancara a instabilidade financeira e as condições precárias de trabalho para quem está na ponta da cadeia produtiva.

Periferia em Movimento entrevistou trabalhadores que relataram o sufoco para sobreviver neste “novo normal”. Há dias em que os catadores não conseguem fazer a triagem por conta das altas temperaturas, cada vez mais frequentes. No caso dos motoboys, a garganta arranhando e problemas respiratórios são frequentes por conta das fortes chuvas e roupas molhadas.

Oceanos devem integrar a agenda ambiental mundo afora

Com a COP-30 se aproximando, os oceanos devem assumir um papel central nas negociações climáticas. A urgência de se integrar os mares à agenda ambiental internacional foi defendida com firmeza pelo professor Alexander Turra. Para evitar o colapso de nossos oceanos devido à crise climática, o professor defende duas frentes de atuação: mitigação e adaptação.

“Não faz sentido discutir a questão climática deixando os oceanos de lado, eles são o grande regulador do clima no planeta”, disse Turra. Segundo o professor, os efeitos percebidos na sociedade e nas atividades econômicas passam necessariamente pela intermediação dos mares. O professor também reforça o papel essencial da ciência no enfrentamento da crise climática. “Sem a ciência conversando com quem realmente toma as decisões, sem essa junção, a gente não vai conseguir resolver esse problema”, afirmou.

Fonte: Outra Saúde


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