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Setor de energia eólica do Brasil espera 1º leilão para geração no mar em 2023

Setor de energia eólica do Brasil espera 1º leilão para geração no mar em 2023

Os primeiros passos rumo à geração eólica offshore no Brasil começam ser dados em 2023, com perspectiva de um primeiro leilão de cessão do uso do mar no primeiro semestre do ano que vem, disse à Reuters a presidente da Associação Brasileira da Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum.

Ela estima que o Brasil tem um potencial de 700 gigawatts para a fonte, sendo que já há projetos que somam 169 gigawatts para geração de energia no mar.

O Brasil já tem um marco regulatório ambiental e aguarda a regulamentação do decreto publicado em janeiro sobre marco contratual.

“Hoje já são 169 gigawatts na gaveta com pedido licenciamento no Ibama”, disse ela à Reuters, durante a Rio Oil & Gas.

Isso se compara com uma capacidade instalada total no Brasil, de todas a fontes de energia elétrica, de cerca de 190 gigawatts de energia.

“Estamos falando de um novo Brasil só de geração eólica offshore. Nosso potencial é enorme”, acrescentou. Segundo ela, “até fim da década devemos ter um parque offshore rodando”.

Até lá, aparecem no horizonte como desafios para o desenvolvimento da geração eólica no mar a infraestrutura submarina (cabos), adaptação de portos, estímulo à cadeia de fornecimento, entre outros.

O Brasil tem uma potência instalada de energia eólica em terra de 23 gigawatts, com fortes crescimentos nos últimos anos.

Estudos apontam que de 2015 a 2020 a energia eólica em terra teve uma queda de custos de 60% e a offshore, de 50%. A previsão é de que ao longo de cinco anos os custos caiam mais 40%.

A energia eólica representa hoje aproximadamente 12% da matriz nacional, mas no auge da crise hídrica em 2021 chegou a alcançar 20% da demanda.


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A previsão é de expansão anual da geração da energia a partir do vento de ao menos 3 gigawatts/ano nos próximos dez anos, podendo alcançar 5 gigawatts anuais a partir de 2024/2025.

Os investimentos para esse acréscimo na oferta variam de 21 bilhões de dólares ao ano a 35 bilhões de dólares por ano, no caso de a previsão de capacidade mais alta ser alcançada.

Segundo a executiva, os investimentos em hidrogênio verde no Brasil, cuja principal fonte é a energia do vento, devem impulsionar o crescimento do geração eólica nos próximos anos.

“O Brasil será um importante player global de produção de hidrogênio verde e vamos precisar de uma quantidade maior de energia para atender esse hidrogênio verde”, destacou ela.

Fonte: BOL


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