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Indústria baiana investe em sustentabilidade para otimizar custos e preservar meio ambiente

Das grandes às micro empresas, responsabilidade ambiental é um compromisso do setor

 

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Imagem Ilustrativa

 

Há algumas décadas, as políticas e princípios sustentáveis se tornaram parte fundamental das atividades industriais em todo o mundo. A preocupação com a responsabilidade ambiental se apresenta como uma tendência cada vez mais forte em todos os portes da indústria, além de ter se tornado um trunfo das empresas, já que os investimentos em sustentabilidade contribuem para o futuro do planeta, são capazes de reduzir os custos de produção, valorizar os produtos e ainda fortalecer a marca.

A partir da chegada da pandemia – e das convulsões que ela causou na economia mundial -, todos esses aspectos passaram a ter um peso redobrado, uma vez que as ações voltadas para o cuidado com o meio ambiente podem se tornar ferramentas essenciais para escapar dos novos obstáculos que o setor passou a enfrentar.

De acordo com a gerente de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB, Arlinda Coelho, a pandemia acelerou a forma como as empresas pensam o mercado, buscando formular produtos de forma mais abrangente e medindo os impactos que a produção tem no bem estar do planeta. “Hoje vemos que montadoras de automóveis, por exemplo, já não buscam apenas vender o carro, mas pensar em todo ciclo de vida dos seus componentes e o impacto que causarão no meio ambiente”, explica. “O mesmo vale para o empenho na implantação da logística reversa que compartilha as responsabilidades de coleta e a restituição dos resíduos sólidos para reaproveitamento”, completa.

Para Arlinda, um dos principais exemplos de avanço nas políticas ambientais, dentro do cenário da indústria baiana, é a produção de celulose, que prima pelo trabalho de reflorestação ao invés da compra de matéria prima importada. No caso da Bracell, empresa que atua no mercado de celulose solúvel, a estratégia adotada é o cultivo de eucalipto para abastecimento da fábrica, com atenção especial para a gestão e uso dos recursos naturais, especialmente água, solo e vegetação nativa.

Além disso, a fábrica é autossustentável em energia elétrica, usando a geração de vapor a partir do reaproveitamento do licor negro obtido durante o cozimento da madeira. Quanto aos resíduos industriais, são tratados 95% do total gerado na própria central de tratamento. Os subprodutos obtidos são convertidos em insumos agrícolas ou vendidos para produção de pisos, telhas, papel higiênico e outros usos. Há ainda os investimentos em educação ambiental, que atende, especialmente, aos professores e estudantes das comunidades vizinhas aos nossos plantios de eucalipto.

Metas

A gerente de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB aponta que nos últimos anos a entidade vem mantendo um diálogo constante com a indústria, no intuito de reforçar as metas de redução do impacto ambiental, e a resposta tem sido positiva:

“Hoje, as empresas têm uma motivação extra, já que foram criadas linhas de crédito com condições especiais para iniciativas sustentáveis, além do benefício que essas políticas trazem para a imagem das instituições”, diz Arlinda Coelho, gerente de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB.


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A Tronox, produtora de pigmento de dióxido de titânio (TiO2), por exemplo, tem investido constantemente no planejamento voltado para a área de responsabilidade ambiental. Nos últimos anos, o foco da empresa é voltado para a eliminação das fontes primárias de contaminação, investimento em equipamentos, mudança de processos produtivos e implantação de programas internos de conscientização e engajamento, que levaram a uma contínua redução das emissões atmosféricas e do consumo de água e energias.

Atualmente, os projetos se concentram nas diretrizes da economia circular e criação de cultura sustentável, que convoca cada empregado da empresa a participar de forma inclusiva das ações de preservação do meio ambiente.

Todos os Portes

Um desafio para a FIEB, segundo o presidente da entidade, Ricardo Alban, é efetivar as tecnologias sustentáveis junto às fábricas de pequeno e médio porte, já que a aplicação destas ações se torna mais difícil em função de uma diferença de poder de investimento quando comparadas às grandes indústrias. “É um fato que indústria de grande porte já incorporou a sustentabilidade nos seus processos há muitos anos, porém o nosso desafio é levar essas mesmas políticas para as micro, pequenas e médias empresas, pois as dificuldades são maiores, já que o empenho delas é em sobreviver frente aos desafios da pandemia. Porém, já conseguimos notar um esforço de muitas delas em agregar esses diferenciais, de acordo com a disponibilidade de recursos de cada uma”, completa.

Com apenas dois anos de mercado e um crescimento expressivo durante o período da pandemia, a CF Refrigeração aproveitou o momento de expansão para investir também em políticas sustentáveis através da reciclagem e investimento em tecnologia.

“No trabalho de instalação de equipamentos de refrigeração, acabamos gerando muita sucata, que normalmente seria descartada. Hoje, temos uma preocupação de destinar esse excedente para a reciclagem evitando simplesmente descartar um material que levaria mais de 100 anos para ser decomposto”, explica o sócio diretor da empresa, Carlos Príncipe.

Ele ainda destaca o recente investimento em equipamentos de tecnologia mais avançada, que, além de aprimorar a prestação de serviço, contribui com a utilização de recursos naturais, como máquinas de limpeza que alcançam o objetivo na metade do tempo e utilizando menos água.

“Além da eficiência que agrega à nossa prestação de serviço, reforça o compromisso ambiental que é uma grande preocupação para todo o setor”, diz.

O Indústria Forte é uma realização do Correio, com o patrocínio da CF Refrigeração, Jotagê Engenharia, Unipar, Tronox, Bracell, o apoio da AJL Locadora, Wilson Sons, Sotero Ambiental, Larco, SINDIMIBA e o apoio institucional da FIEB e Prefeitura de Camaçari.

Fonte: Estúdio Correio.


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