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Caracterização e tratamento do resíduo gerado em uma estação de tratamento de água de ciclo completo

Resumo

Para a água se tornar própria para consumo humano, é necessária a realização de seu tratamento. No Brasil, a tecnologia mais utilizada é conhecida como Ciclo Completo. No entanto, nessa tecnologia, há a geração de uma quantidade elevada de resíduos sólidos que necessitam de tratamento adequado para posterior disposição final no ambiente. Um dos maiores problemas das estações de tratamento de água é como tratar esses resíduos, pois quando lançados em corpos d’água sem o devido tratamento, aumentam a concentração de metais e diminuem a luminosidade nos meios, podendo ocasionar a morte de inúmeros seres vivos e intoxicar toda a fauna e flora. Entre as tecnologias utilizadas para o tratamento desses resíduos podem ser destacadas o adensamento por gravidade seguido do desaguamento por centrifugação, ambas com a aplicação de condicionantes químicos, como os polímeros, para aumentar a concentração dos resíduos sólidos. Ao final do tratamento adequado dos resíduos de estações de tratamento de água (RETAs), eles deverão ser dispostos em locais permitidos conforme a legislação vigente (NBR 10004) e a água clarificada resultante desse processo poderá ser lançada em corpos d’água se atender, também, a legislação vigente (CONAMA nº 357 e 430).

Introdução

A tecnologia de tratamento utilizada em uma Estação de Tratamento de Água (ETA) depende principalmente de fatores relacionados à qualidade da água bruta. Para cada tipo de tecnologia utilizada, há a geração de resíduos de ETA com características diferentes.

O maior problema ambiental enfrentado pelas ETAs está relacionado com os resíduos gerados pelo tratamento da água provenientes das descargas do decantador ou flotador e da lavagem dos filtros. Esses resíduos possuem compostos químicos que são prejudiciais ao meio ambiente e, portanto, necessitam de tratamento para posterior disposição final.

Esses resíduos, quando lançados nos cursos d’água sem o devido tratamento, contribuem para aumentar a concentração de metais e diminuir significativamente a luminosidade dos meios, além de serem tóxicos para diversos organismos aquáticos, os quais são de grande importância na alimentação dos peixes (DI BERNARDO et al., 2011).

A qualidade da água bruta, tecnologia de tratamento, mecanismos da coagulação, uso de auxiliar de coagulação, de oxidante, carvão ativado, método de limpeza dos decantadores (ou flotadores), método de lavagem dos filtros, habilidade dos operadores, automação de processos e operações na ETA e reuso da água recuperada no sistema de tratamento influenciam na quantidade e na qualidade dos resíduos produzidos em uma ETA (DI BERNARDO et al., 2011).

Sendo assim, os resíduos devem passar por algum tipo de tratamento para posterior disposição adequada dos mesmos e, além disso, é proibido o lançamento desses resíduos em cursos d’água.

Atualmente existem diversas tecnologias de tratamento dos resíduos de ETAs envolvendo adensamento e posterior desaguamento e cada uma delas possui suas características. Entre as tecnologias utilizadas para o tratamento desses resíduos podem ser destacadas o adensamento por gravidade seguido do desaguamento por centrifugação, ambas com a aplicação de condicionantes químicos, como os polímeros, para aumentar a concentração dos resíduos sólidos.

Ao final do tratamento adequado dos resíduos de estações de tratamento de água (RETAs), eles deverão ser dispostos em locais permitidos conforme a legislação vigente (NBR 10004) e a água clarificada resultante desse processo poderá ser lançada em corpos d’água se atender, também, a legislação vigente (CONAMA nº 357 e 430).

Autores: Isadora Alves Lovo Ismail; Angela Di Bernardo Dantas; Luiz Di Bernardo e Mateus Ancheschi Roveda Guimarães.

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