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Aplicação de técnicas de confiabilidade e mantenabilidade em sistemas de saneamento no vale do paraíba – “análise de falhas e registros de melhorias implantadas”

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar os resultados obtidos com a capacitação e reestruturação da equipe de manutenção do polo regional do Vale do Paraíba, sediado em São José dos Campos – SP onde fica situada a Divisão de manutenção do Vale do Paraíba – RVOM/Sabesp. No decorrer do texto serão apresentados alguns números referentes a esta Unidade de Negócio – UN, para que se possa ter noção da complexidade e responsabilidade de se manter em pleno funcionamento e ao menor custo possível os sistemas de saneamento empregados na região de abrangência. Além de propiciar a redução e mesmo a eliminação de paradas não programadas, as quais causam prejuízos materiais, financeiros, transtornos à população atendida e efeito negativo à imagem da companhia, as ferramentas de gestão, engenharia de manutenção e análise de falhas aqui apresentadas auxiliam a otimização do capital humano. É importante destacar que este é cada vez mais escasso em todos os segmentos, pois com o aumento da competitividade, os custos operacionais têm sido reduzidos ao menor patamar possível e dentre estes está sem dúvida o emprego de mão-de-obra, a qual deve ser mais capacitada e motivada possível a fim de fornecer o melhor rendimento e confiabilidade.

Introdução

Os dados e resultados obtidos nos estudos apresentados neste trabalho referem-se à Superintendência Regional do Vale do Paraíba – RV/Sabesp, a qual é responsável pela gestão dos municípios atendidos, a Divisão de Manutenção do Vale do Paraíba – RVOM, é responsável por gerir, prevenir, manutenir, atualizar e corrigir eventuais problemas ou perda de funcionalidades dos sistemas de saneamento. Esta malha se inicia na captação da água bruta nos rios ou em poços profundos, o perfeito tratamento desta para que sejam atendidos os padrões de potabilidade, sendo esta então armazenada em reservatórios, distribuída para a população, bem como a coleta do esgoto sanitário, o afastamento deste, o tratamento e a disposição do efluente final nos rios e córregos, novamente dentro de padrões rigorosos para este fim, sob constante fiscalização dos órgãos competentes.

Seguem alguns números da Unidade de Negócio, 26 (vinte e seis) municípios atendidos, sendo 32 (trinta e dois) ao total na região de abrangência, atualmente encontram-se em plena operação mais de 600 (seiscentos) sistemas dos mais variados portes e complexidade, atendendo uma população de cerca de 1.400.000 (um milhão e quatrocentos mil) habitantes. Para manter em operação estes sistemas são necessários mais de 745 (setecentos e quarenta e cinco) pontos de entrega de energia por parte das concessionárias de distribuição de energia elétrica desta região, sendo 145 (cento e quarenta e cinco) contas de energia elétrica na modalidade de Média Tensão (Classe A4 – 2,3 a 25 kV) e 477 (quatrocentas e setenta e sete) na modalidade de Baixa Tensão (Classe B3 – 220 V).

Com a crescente demanda por fornecimento de água potável bem como o tratamento de esgoto sanitário em função do crescimento e aumento populacional nos municípios associados à necessidade de todas as empresas em qualquer segmento de mercado ser cada vez mais competitiva, lucrativa e inovadora é uma questão de sobrevivência otimizar a utilização de recursos e reduzir o custo operacional.

No setor de manutenção o principal recurso é o capital humano e seu nível intelectual seguido de ativos, normas, procedimentos, métodos e ferramentas de gestão, portanto quanto melhor for a utilização otimizada destes recursos melhor, sendo assim é fundamental lançar mão das ferramentas de análise, indicadores e técnicas de gestão da manutenção assim como em qualquer processo. Isto motivou a restruturação de processos internos, redistribuição de atividades, capacitação da equipe de forma contínua, tais atividades têm por objetivo garantir a melhoria contínua dos processos, redução do custo operacional, aumento da confiabilidade e também da credibilidade da equipe de manutenção em todas as tarefas multidisciplinares por esta realizadas.

Autor: Joel Leopoldo Costa.

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