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Poluição por resíduos contendo compostos farmaceuticamente ativos: aspectos ambientais, geração a partir dos esgotos domésticos e a situação do Brasil

O tratamento e a disposição adequada do esgoto doméstico representam uma preocupação universal, em função do seu reconhecido potencial poluente. Os sistemas de tratamento objetivam a remediação de parâmetros físico-químicos que fazem parte da legislação. Nos últimos anos, entretanto, outro tipo de poluição tem sido evidenciada, envolvendo micropoluentes capazes de provocar efeitos deletérios em concentrações da ordem de µg L-1 e ng L-1. Dentro deste contexto se destacam os compostos farmaceuticamente ativos (PhACs), os quais, veiculados pelo esgoto, contaminam praticamente todos os compartimentos ambientais. O estudo de tecnologias avançadas de tratamento de efluentes, com o objetivo de incrementar a remoção de PhACs tem sido realizado especialmente em países desenvolvidos. No Brasil o foco principal do tratamento de águas residuárias ainda está voltado para o tratamento básico, uma vez que o acesso a este serviço não está acessível a toda a população, o que torna a poluição por micropoluentes um problema secundário. Neste cenário, são discutidos antecedentes relacionados com o consumo de fármacos, a sua presença no esgoto, a usual baixa capacidade de remoção apresentada pelos sistemas convencionais de tratamento e, consequentemente, sua relação com a contaminação do meio hídrico.

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