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Estudo de viabilidade técnica para instalação de um sistema de tratamento de lodo na estação de tratamento de água Niterói/RS

Resumo

A água é um dos recursos naturais mais necessários para a sobrevivência do ser humano, e para isso, faz-se necessário o tratamento correto. Este processo, apesar de ser amplamente difundido, ocasiona na produção indesejada de uma massa sólida popularmente conhecida como lodo. O artigo em questão visou estudar meios de tratamento deste resíduo em uma Estação de Tratamento de Água da cidade de Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, pois foi constatada que por ser uma estrutura bastante antiga, ainda não possuía um meio adequado de tratamento de lodo, ocasionando no descarte e assim, impactando negativamente o meio ambiente. Para este estudo, foram analisados os principais meios de tratamento utilizados, os quais dividem-se entre sistemas mecânicos (que necessitam de um equipamento) e os sistemas naturais (que dependem apenas de fatores climáticos e tempo). Dentre todos os estudados, notou-se que alguns sistemas não são aplicáveis devido ao espaço disponível na ETA, ou pelo fato de serem destinados a outras aplicações que não ao tratamento do lodo, como é o caso dos leitos de secagem e o filtro à vácuo. Por fim, optou-se pela escolha de uma centrífuga como método, devido às suas principais vantagens – principalmente em relação ao espaço necessário – e seu custo reduzido quando comparado a outros meios, além de também possibilitar uma remoção do lodo tratado de um jeito mais facilitado.

Introdução

Devido à necessidade básica do ser humano para sua sobrevivência, é notável a importância da água e seu tratamento para utilização. Tendo como principal fim o seu consumo, tem outras aplicações amplamente utilizadas tais como o uso para higiene pessoal, cozinhar alimentos, limpeza do ambiente, entre outros. Para isso, se fez necessário criar um meio de tratar a água disponível na natureza, principalmente pelo fato de que nem sempre a mesma é totalmente potável. Conforme o site da Corsan, “Do total da água existente no planeta, 97,5% corresponde à água salgada e o restante (2,5%) à água doce. Destes, 68,9% estão nas calotas polares, 29,9% nos reservatórios subterrâneos, e apenas 1,2% disponíveis como águas superficiais.” Apesar de o tratamento de água já ser algo bem estruturado em todos os países, somente há alguns anos descobriu-se que o tratamento da água produz resíduos decorrentes dos reagentes e das impurezas advindas do afluente, e devido a isso, surgiu a principal questão: o que fazer com o resíduo que é gerado? Como evitar o descarte de uma matéria orgânica, podendo ela ser consideravelmente agressiva ao meio ambiente?

Baseada nestes questionamentos e na necessidade de um cuidado cada vez maior com a natureza, foram desenvolvidos métodos que permitem que este resíduo sólido – usualmente chamado de lodo – pudesse ser tratado e, após seu tratamento, a escolha devida sobre seu destino, podendo ser descartado em lugares apropriados ou até mesmo aproveitados em outras aplicações.

Como o tratamento de água é um processo ininterrupto, a produção de lodo também é contínua, e isso requer uma análise aprofundada de meios possíveis de se recolher este resíduo, executar seu tratamento e poder ser destinado conforme sua necessidade.

Autores: Lucas Rolim Braun e Adriano Schorr.

 

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