A disposição inadequada dos resíduos gerados nas ETAs – Estações de Tratamento de Água está associada, principalmente, aos aspectos visuais desagradáveis no corpo receptor durante as lavagens dos filtros ou limpezas de decantadores das ETAs e ao uso da água à jusante como fonte de abastecimento de outras comunidades ou para irrigação.
O potencial de toxicidade dos RETAs- Resíduos de ETAs depende, principalmente, de:
· tipo de solo da bacia do manancial;
· tipo de ocupação da área da bacia hidrográfica (pecuária, agricultura e industrial),
· características dos produtos químicos usados (destacando-se a presença de diversos metais e compostos orgânicos presentes inicialmente na água bruta ou gerados devido ao uso de oxidantes, alcalinizantes e coagulantes);
· forma de remoção e tempo de permanência dos resíduos nos decantadores e
· características hidráulicas, físicas, químicas e biológicas do corpo receptor.
A quantidade e a qualidade dos resíduos produzidos em uma ETA dependem de vários fatores, destacando-se:
• Qualidade da água bruta e tecnologia de tratamento;
• Vazão média diária tratada;
• Características da coagulação: tipo e dosagem de coagulante e de alcalinizante ou de acidificante;
• Uso, característica e dosagem do auxiliar de coagulação (floculação ou filtração);
• Uso de oxidante e adsorvente (carvão ativado pulverizado);
• Método de limpeza dos decantadores (ou flotadores);
• Técnica de lavagem dos filtros;
• Habilidade dos operadores;
• Automação de processos e operações na ETA e
• Reuso da água recuperada no sistema de tratamento.
Há diversas tecnologias que podem ser usadas para o tratamento dos RETAs que foram devidamente contempladas na palestra do Prof. Luiz Di Bernardo no Workshop Sustentabilidade e novas Tecnologias de Tratamento de Água e Efluentes.
Este evento foi realizado nos dias 22 e 23 de julho de 2010, em São Paulo-SP.