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Determinação de compostos usados como filtros ultravioletas em amostras de água por gc-ms empregando microextração em fase sólida com cortiça como biossorvente

Resumo: Neste estudo foi desenvolvido um método para determinação de compostos utilizados como filtros ultravioleta em amostras aquosas empregando microextração em fase sólida (SPME) e cromatografia gasosa. Primeiramente, otimizou-se o pH para a extração dos analitos. Após, foi realizado o planejamento composto central para otimização das condições de extração. As condições ótimas de extração foram 70 min de extração a 80 ºC e adição de 6% de NaCl em solução com pH ácido em torno de 4,2. O método desenvolvido se mostrou eficiente para a extração dessa classe de compostos com a utilização da fibra de cortiça onde os limites de quantificação foram de 0,1 μg/L para o 3 – (4 – metilbenzilideno) cânfora (4-MBC) e 0,01 μg/L para o 2-etilhexil 4-(dimetilamino) benzoato (OD-PABA). Os valores de recuperação variaram entre 107 a 117% para o 4-MBC e entre 67 a 107% para o OD-PABA e os valores de RSD ≤ 18% (n = 3). As faixas lineares foram de 0,1 a 0,5 μg/L (4 – MBC) e 0,01 a 0,05 μg/L (OD-PABA) com r2 ≥ 0,9782. O método foi aplicado em uma amostra de água de rio, coletada no distrito de Pirabeiraba, município de Joinville, onde não foram detectados os analitos no branco da amostra.

Introdução: Atualmente os buracos da camada de ozônio estão cada vez maiores, os Estados Unidos, a maior parte da Europa, o norte da China e o Japão já perderam 6% da proteção de ozônio, como consequência, houve um aumento na exposição aos raios solares que podem causar malefícios à saúde, tais como fotossensibilidade, envelhecimento precoce e até mesmo câncer de pele. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) calcula que cada 1% de perda da camada de ozônio cause 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira, causados por catarata, em todo o mundo. Para a prevenção destes malefícios houve um crescimento na utilização de bloqueadores solares e outros produtos que contenham filtros solares, tais como xampu, cremes faciais e maquiagens. O acúmulo de tais substâncias se tornou um problema, pois estes podem estar presentes em lagos, estuários, balneários, rios ou ainda vir do próprio banho já que ainda não há tecnologia para remoção de fármacos e cosméticos do esgoto doméstico. Dessa maneira, surge o interesse no desenvolvimento de metodologias para determinação de compostos utilizados como filtros ultravioleta em diversas matrizes. Dentre as técnicas de preparo de amostras a microextração em fase sólida (SPME, do inglês Solid-Phase Microextraction) vem se destacando pela sua eficiência de extração e pelas suas características de química analítica verde. A fim de aumentar tais características na SPME o uso de materiais biossorventes, tal como a cortiça, tem sido estudado em nosso grupo de pesquisas. A cortiça é um material de origem natural, renovável e biodegradável e ao mesmo tempo tem se mostrado um bom extrator para a técnica de microextração em fase sólida. Então, o propósito deste trabalho consiste no desenvolvimento de uma nova metodologia para extração eficiente de compostos utilizados como filtros ultravioleta, empregando a cortiça como biossorvente na técnica de microextração em fase sólida associada a cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas como método de separação e detecção dos compostos.

Autora: ANA CRISTINE DA SILVA.

Leia o estudo completo: Determinação de compostos usados como filtros ultravioletas em amostras de água por gc-ms empregando microextração em fase sólida com cortiça como biossorvente

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