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Coagulante magnético de moringa oleifera e grafeno para o tratamento de efluentes

Resumo

Atualmente, existe a preocupação ambiental com relação à dificuldade de tratar os efluentes de forma eficiente e econômica para o lançamento em corpos hídricos. A remoção de turbidez e cor é comumente alcançada pelo processo de coagulação e floculação. Geralmente, utiliza-se coagulantes inorgânicos, tais como sais à base de alumínio, mas estes coagulantes promovem problemas ambientais e têm implicações para saúde humana. Assim, o uso de coagulantes naturais tem sido estudado como uma boa alternativa para o tratamento de água e efluentes, devido à sua alta disponibilidade, baixo custo e não-toxicidade. O presente trabalho objetivou estudar a associação de nanopartículas magnéticas e grafeno para funcionalização das sementes de Moringa Oleifera (MO) no tratamento de efluentes. O efluente foi obtido de uma empresa em Maringá, Paraná, Brasil. Ensaios de coagulação/floculação e sedimentação (CFS) foram realizados em Jar Test com e sem a interferência de um campo magnético externo. A eficiência do processo foi determinada por análises de parâmetros físico-químicos para comparação. A utilização de MO como coagulante associada as nanopartículas e ao grafeno apresentou elevada eficiência para remoções dos parâmetros de qualidade do efluente, obtendo 91,50% em relação a cor aparente e 94,66% para a turbidez. Tais valores foram alcançados em 30 min de sedimentação magnética, comprovando que o processo de CFS pode ser otimizado e que o tempo de sedimentação pode ser reduzido de 90 min para 30 min. Desta forma, verificou-se que o coagulante magnético é um método viável e com baixo impacto ambiental para o tratamento de efluentes.

Introdução

A preservação do meio ambiente tem sido motivo de preocupação para o ser humano, e entre elas, está a qualidade da água que teve uma significativa deterioração e o acesso à água potável tornou-se um dos principais problemas enfrentados visto o aumento populacional e a industrialização. A partir de dados de mortalidade da Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças menores de 15 anos que vivem em países afetados por conflitos prolongados têm, em média, quase três vezes mais chances de morrer de doenças diarreicas causadas pela falta de água potável, saneamento e higiene do que por violência direta (UNICEF, 2019).

Desta forma, o tratamento de efluentes não se configura apenas em uma questão de evitar impactos ambientais, mas é também um dispositivo para mitigação de problemas como corrosão e incrustação, onde o reuso é de grande interesse (SOUZA, 2013). As indústrias, são unidades bastante consumidoras de água e geradoras de efluentes (EL-NAAS et al.,2014). Por este motivo, é de grande interesse o tratamento desses efluentes, de modo que possam ser descartados devidamente nos corpos hídricos sem comprometer a qualidade destes ou para seu reuso na própria indústria.

Autora: ISABELLA ZANETTE DA SILVA.

 

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