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Aluna da UFBA cria aparelho que pode tratar água

Uma ideia sustentável e a vontade de executar foram os fatores determinantes para levar a estudante Anna Luisa Beserra, 18, aluna do terceiro semestre de biotecnologia na Universidade Federal da Bahia (Ufba), a fundar uma startup (empresa em formação) de impacto socioambiental.

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Por causa do  projeto, Anna Luisa foi selecionada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, para participar do Global Entrepreneurship Bootcamp. O evento é dedicado a treinar jovens empreendedores sociais em todo o mundo.

Para ajudar na captação de fundos, Anna Luisa criou um crowdfunding, espécie de “vaquinha” virtual. O valor total que ela precisa para o treinamento, incluindo a taxa para participar do Bootcamp, passagens e hospedagem, é de R$ 30 mil.

Apesar de o evento ser em agosto, entre os dias 7 e 12, Anna Luisa só tem até o próximo dia 18 para arrecadar  fundos. “Até agora, com as doações, só consegui 10% do valor”, pontua.

O impulsionamento do projeto pode ser feito com doações, pelo link: https:// www.vakinha.com.br/vaquinha/leve-uma-empreendedora-social-para-representar-o-brasil-no-mit.

Startup

Nomeada Safe Drinking Water For All – SDW, a startup foi constituída por Anna Luisa no ano passado, quando entrou na universidade.

“A pré-incubação da SDW foi logo quando entrei na Ufba, em agosto de 2015. Aqui, ela fica na INOVAPoli, que é a incubadora de base tecnológica”, descreve.

O objetivo da SDW é levar melhores soluções no tratamento da água, principalmente para comunidades mais carentes do sertão nordestino. Para isso, a estudante e outros dois colegas fomentaram um dispositivo de desinfecção solar da água, que dispensa o uso de substâncias químicas.

A ideia surgiu quando a estudante ainda estava no ensino médio, aos 15 anos: “Eu sempre gostei de inventar coisas. Quando vi, na parede da escola, um concurso sobre jovens cientistas, comecei a pensar em algo que eu pudesse fazer. Naquele ano, o tema era a água”.

Na época, Anna Luisa não recebeu apoio do colégio onde estudava, então  percebeu que precisava desenvolver algo que não demandasse recursos tecnológicos.

“Sem o apoio,  comecei a pesquisar algo que eu pudesse fazer sozinha, ou com a ajuda do meu pai. Algo que não precisasse de grande suporte de laboratório ou outra estrutura. Um projeto prático que eu pudesse fazer em casa”, relembra.

Funcionamento

De acordo com a estudante, o protótipo capta a água armazenada na cisterna e a expõe ao sol, pelo tempo determinado por um sensor ultravioleta (UV).

“O tempo de exposição à desinfecção é determinado por um sensor UV, que é conectado ao equipamento. Esse tempo é de, aproximadamente, três horas, a depender da quantidade de água captada. A partir daí, ele emite um sinal luminoso e sonoro, para que o usuário saiba”, explica Anna Luisa.

Após a emissão do alarme, o usuário tira a água do local de armazenamento, ou conecta com a residência. A água coletada pode ser da chuva, de poços ou rios.

“Esse protótipo direciona a água para cisternas e reservatórios. É mais barato e mais sustentável e, ao mesmo tempo, eficiente”, explica Anna Luisa.

Fonte: A tarde

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