Estrutura tem 12,5 km de extensão e vai evitar o desabastecimento caso haja algum problema em uma delas, segundo o órgão. Obra demorou oito meses e custou R$ 20 milhões.
Saneago inaugura adutora que interliga sistemans de tratamento de água, em Goiânia — Foto: Paula Resende/G1
A adutora que liga as estações de tratamento de água do Sistema Produtor Mauro Borges e do Sistema Meia Ponte foi inaugurada nesta segunda-feira (1º) e está disponível para uso. A estrutura tem 12,5 km de extensão e visa transferir água de uma unidade para outra, evitando o desabastecimento casa haja algum problema em uma delas.
“Os sistemas estão integrados, João Leite [Mauro Borges] contribuindo caso haja necessidade no Meia Ponte. A adutora só vai ser usada se precisar, é um seguro que a gente ‘contratou’. É a garantia que não faltará água”, disse o presidente da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), Jales Fontoura.
A construção da adutora começou em maio e durou oito meses. O encanamento atravessa três rios: João Leite, Meia ponte e Samambaia. Além disso, passa embaixo das GOs 080 e 462.
De acordo com Fontoura, a estrutura tem 70 centímetros de diâmetro e capacidade de vazão de 800 litros de água por segundo. É o suficiente para abastecer Anápolis, cidade localizada a 55 km de Goiânia e com 334 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Adutora tem 12,5 km de extensão e 70 centímetros de diâmetro em Goiânia — Foto: Paula Resende/ G1
A obra custou R$ 20 milhões, pagos com recursos da Saneago. Desde a última sexta-feira (28), a adutora passa pelo processo de lavagem e desinfecção. Na manhã desta segunda-feira, a água ainda estava sendo tratada com cloro para a descontaminação da tubulação.
“Ela sai do Mauro Borges com 0,3% de turbidez, que é o ideal, mas está chegando com 0,6% e não pode jogar no sistema assim”, afirmou Fontoura.
Os sistemas Mauro Borges e Meia Ponte abastecem cerca de 90% da Grande Goiânia. O restante recebe água de estações independentes. A Saneago espera integrar toda a rede até 2020. A obra de união dos sistemas deve custar R$ 260 milhões e começar ainda neste mês.
De acordo com Fontoura, atualmente, a vazão do Rio Meia Ponte, que abastece a maior parte da Grande Goiânia, é de 3.449 litros por segundo. Do total, 2 mil são retirados para o abastecimento da população. Mesmo sem a preocupação de faltar água, ele reforça a necessidade de se tomar medidas para proteger o manancial.
“Esse ano a diferença foi que os consumidores reduziram o consumo, o governo fez um bom trabalho de recuperação e proteção do Meia Ponte e a Saneago fez a sua parte na integração” afirmou.