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A Corsan garante que sua água está dentro do que é exigido pelo Ministério da Saúde, diz diretor de operações

Responsável por tratar a água que chega às torneiras em Santa Maria, órgão rebateu declaração do ministro da Saúde de que o problema teria origem na água

corsan

Depois de o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, declarar que o surto de toxoplasmose de Santa Maria teria origem na água, a Corsan garantiu que o problema não está relacionado à água tratada pela companhia no município da Região Central. O ministro falou sobre o problema em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta quinta-feira (21).

“Fizemos uma coleta antes da confirmação do surto e enviamos para Londrina. Os resultados para o protozoário foram negativos. Desde então, temos mantido nossos processos e controles. A Corsan tem a convicção e garante que a sua água está dentro dos padrões exigidos pelo Ministério da Saúde”. disse o diretor de operações, Eduardo Carvalho.

Foram coletadas amostras de água nas três barragens que abastecem o município, na estação de tratamento, na água tratada e nos resíduos do tratamento de água. Segundo o diretor da Corsan, a potabilidade da água, que não se alterou em nenhum momento, sempre foi considerada um indício de que ela não tinha relação com o problema.

Ausência do protozoário

O Ministério da Saúde não estabelece como critério de potabilidade a ausência do protozoário que causa a toxoplasmose, mas exige a ausência de dois outros tipos de micro-organismos ainda menores do que ele. Ou seja, se o processo de filtração é capaz de retê-los, também impede que protozoários maiores, como o da toxoplasmose, cheguem à água tratada.

“Nós já tínhamos essa segurança, porque os critérios que temos de atender ajudam a garantir que esse protozoário não passaria pelo processo de filtração” afirmou o gestor, que se disse “surpreendido” pela declaração do ministro.

No fim da manhã desta quinta-feira, o secretário da Saúde do Estado, Francisco Paz, classificou como “infeliz” a declaração do ministro da Saúde sobre a origem do surto de toxoplasmose, que teve início em abril — conforme um boletim divulgado nesta segunda-feira (18), foram registrados 569 casos da doença no município da Região Central. Ele disse que não existem elementos técnicos que evidenciem a causa do problema até o momento.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a investigação sobre a fonte de contaminação segue em andamento, mas não esclareceu se as informações repassadas pelo ministro estão equivocadas.

Fonte: Gauchazh.

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