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Nova técnica dispensa eletricidade e usa ondas do mar para produzir água doce

Pesquisadores do projeto H2020 W2O, financiado pela União Europeia, desenvolveram um novo sistema de dessalinização da água do mar que não precisa de eletricidade para funcionar. O dispositivo aproveita a força das ondas, uma fonte de energia renovável, infinita e muito mais barata.

 Novo dispositivo de dessalinização de água do mar sem o uso da eletricidade

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Imagem ilustrativa

Sistemas convencionais de dessalinização de água já existem há mais de 50 anos ao redor do planeta, mas os métodos utilizados mais comuns, como a osmose reversa, requerem conexão com a rede elétrica. Além de ser cara, essa solução geralmente se torna inviável em regiões isoladas ou de difícil acesso.

“Aproveitar o poder das ondas do mar com uma tecnologia que pode produzir água doce para mais de 2,1 bilhões de pessoas que lutam globalmente para ter acesso à água potável é a resposta que queríamos. Esse sistema aproveita a energia gratuita de uma fonte renovável, consistente e inesgotável”, diz o coordenador do projeto Olivier Ceberio.

Como funciona

Segundo os pesquisadores, o novo sistema pode ser instalado rapidamente para produzir uma grande quantidade de água potável a um baixo custo. O dispositivo utiliza um conversor de energia de ondas (WEC na sigla em inglês) instalado no fundo do mar, que se move para frente e para trás, conforme o movimento das ondas.


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A energia extraída é usada para pressurizar a água do mar, que é então enviada para terra firme, onde vai acionar o sistema de osmose reversa. A força das ondas do oceano impulsiona todo o processo de produção de água doce, sem exigir nenhuma outra fonte adicional de energia, como a eletricidade.

“Embora não usemos eletricidade em nosso processo de fabricação de água doce, podemos desviar uma parte da energia que sobra durante esse processo para alimentar nossos subsistemas ou abastecer comunidades inteiras que não têm acesso à rede convencional de eletricidade”, acrescenta Ceberio.

Primeiros testes

Por enquanto, a equipe testa uma versão do sistema em escala reduzida na cidade de Hingham, nos Estados Unidos. Os primeiros resultados mostram que a produção diária de água doce utilizando esse protótipo seria suficiente para abastecer uma população aproximada de 40 mil pessoas.

Em um segundo estágio, os pesquisadores pretendem ampliar os testes para outras regiões, como nas Ilhas Canárias e Cabo Verde, onde os sistemas de dessalinização movidos a diesel ou eletricidade são usados para suprir 85% do abastecimento de água com um dos custos mais altos do mundo.

“A água é essencial para a vida. Deve ser abundante, limpa e acessível a todos. No entanto, mais de 1 bilhão de pessoas vive em regiões com escassez de água doce e cerca de 3,5 bilhões podem sofrer com a falta d’água até 2025. Dessalinizar é a solução mais viável que temos a longo prazo”, encerra Ceberio.

Fonte: Canaltech.


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