Estimativa de investimentos para alcançar 100% da capacidade produtiva ainda precisa ser aprovada no final do ano; expectativa é retomar usinas 1 e 2 até 2028
Para atingir 100% da capacidade de produção até 2028, a Samarco vai investir, a partir de 2026, cerca de R$ 3,5 bilhões para reativar as usinas 1 e 2 de pelotização, na planta de Ubu, em Anchieta, no Litoral Sul do Espírito Santo. O montante está dentro dos R$ 13 bilhões de projetos já anunciados pela empresa para a retomada total, incluindo as operações em Minas Gerais.
O detalhamento dos investimentos para o Espírito Santo foi feito pelo diretor técnico e de projetos da Samarco, Reuber Koury, durante painel no segundo dia da Mec Show na quarta-feira (6) sobre siderurgia e mineração.
Segundo Koury, o escopo do projeto em Ubu inclui a revitalização completa das duas pelotizadoras, que foram inauguradas em 1977 e 1997, além da implementação de novas áreas de filtragem, estação de tratamento de efluentes industriais e peneiramento. As iniciativas fazem parte do que a empresa denomina “Momento 3”, visando a alcançar a plena capacidade produtiva.
“Mas a grande intervenção vai ser nas usinas de pelotização 1 e 2. O Momento 3 do projeto está ligado ao fomento da economia do Espírito Santo. Mais de 20 empresas capixabas atuam nas atividades dessa pré-aprovação do projeto. Priorizamos os fornecedores locais que atendem às especificações”, destacou.
O montante e o projeto precisam ser aprovados até novembro pela governança e Conselho de Administração da Companhia. A fase principal de execução está programada para ocorrer entre 2026 e 2028.
O diretor destacou ainda que a empresa já começou as atividades de segurança estrutural e de pessoas, além das atividades de conservação, revitalização de ativos e engenharias básicas. Iniciaram neste ano também o planejamento da execução das atividades de desmontagens e demolições.
A operação
Atualmente, estão em funcionamento as usinas de pelotização 3 e 4, em Ubu, sendo que a última a entrar em atividade, quase nove anos depois do rompimento da barragem em Mariana (MG) foi a usina 3, em agosto de 2024. Assim, alcançou 60% da sua capacidade produtiva.
A empresa atingiu, nos três primeiros meses deste ano, produção recorde desde a retomada operacional com 3,2 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro frente aos 2,9 milhões de toneladas produzidas no quarto trimestre de 2024. O aumento da produção deveu-se à entrada dos ativos, no final do ano passado, que resultaram no alcance de 60% da capacidade produtiva instalada.
Fonte: A Gazeta