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Cientistas desenvolvem plástico de biomassa que pode substituir PET

Plástico de Biomassa – Cientistas da Suécia conseguiram desenvolver um plástico biodegradável que vai revolucionar a indústria de embalagens

Novo produto sustentável e biodegradável será usado para embalagens de diversos segmentos da indústria

Plástico do Milho

Pesquisadores do Renomado Instituto de Ciências da Suíça, o EPFL, conseguiram desenvolver um novo plástico biodegradável muito similar ao Politereftalato de etileno (PET). Ele é fabricado a partir da biomassa obtida da espiga do milho e promete revolucionar a indústria de embalagens. Afinal, esse novo plástico pode ser degradado por bactérias em partículas menores e assim se torna sustentável e evita que permaneça na natureza por muitos anos.

O material criado é tão resistente quanto o PET convencional, usado em embalagens e sacolas de mercado. Alguns testes apontaram que ele pode ser um ótimo substituto ao PET em embalagens de medicamentos, componentes eletrônicos, alimentos e até mesmo de produtos têxteis. Além disso, ele pode ser reciclado quimicamente ou degradado em partes menores por ser biodegradável. Confira mais sobre essa inovação na matéria.


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Novo plástico é sustentável, degrada no ambiente e ainda é produzido da biomassa residual de espigas de milho
O novo plástico que pode substituir o PET só tem vantagens. Uma delas é que ele faz o reaproveitamento de resíduos da espiga de milho e assim evita o desperdício. Outro aspecto importante é que ele pode eliminar as garrafas plásticas e sacolas de mercado que ficam jogadas por aí e que levam até 2 mil anos para se decompor. Ou seja, o processo é favorável para toda a cadeia produtiva.

“Nós essencialmente transformamos madeira ou outro material vegetal não comestível, como resíduos agrícolas, em produtos químicos baratos para produzir o precursor plástico em uma única etapa. Ao manter a estrutura do açúcar intacta dentro da estrutura molecular do plástico, a química é muito mais simples do que as alternativas atuais.” Jeremy Luterbacher, um dos autores do estudo, em entrevista ao jornal MyScience (2022).

 

Essa descoberta só foi possível graças aos estudos preliminares publicados em 2016. Nesse estudo, eles conseguiram estabilizar pedaços do material obtido da biomassa e contiveram a destruição no processo de extração. A partir disso, eles continuaram os estudos e aperfeiçoaram o material até conquistar parâmetros técnicos similares aos do plástico convencional.

A adição de outro componente químico na formulação tornou oo material mais resistente

O grande problema que os cientistas tiveram antes de publicar o estudo de 2016 foi a falta de estabilidade na ligação entre os pedaços confeccionados. Todavia, eles trocaram um principal componente químico na formulação e conseguiram formar uma grande rede estável.

“Ao usar um aldeído diferente – ácido glioxílico em vez de formaldeído – podemos simplesmente prender grupos ‘pegajosos’ em ambos os lados das moléculas de açúcar, o que permite que eles atuem como blocos de construção de plástico. Ao usar esta técnica simples, podemos converter até 25% do peso do lixo agrícola, ou 95% do açúcar purificado, em plástico.” Lorenz Manker, um dos autores do estudo em entrevista ao jornal MyScience (2022)

 

Nesse sentido, essa criação é tão positiva que vai trazer um plástico sustentável ao mercado, realmente eficaz e com custo mais acessível. O produto criado permitirá a aplicação em embalagens de diversos segmentos, desde alimentos até para equipamentos e eletrônicos.

Ademais, não é só isso. A equipe de cientistas criou fibras para usar no setor têxtil e confeccionar peças de roupa. Além disso, o material também permite o uso em filamentos que alimentam máquinas de impressão 3D.

“O plástico tem propriedades muito interessantes, principalmente para aplicações como embalagens de alimentos. E o que torna o plástico único é a presença da estrutura de açúcar intacta. Isso o torna incrivelmente fácil de fazer porque você não precisa modificar o que a natureza lhe dá, e simples de degradar porque pode voltar a uma molécula que é já abundante na natureza.” Jeremy Luterbacher, um dos autores do estudo, em entrevista ao jornal MyScience (2022).

Por fim, essa conquista da  EPFL vai ser muito benéfica para o setor e pode chegar ao Brasil já nos próximos anos.

Fonte: Clique Petróleo e Gás


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