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Cai a oferta de água na Bacia PCJ

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Imagem Ilustrativa
A disponibilidade de água nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) caiu 4% em cinco anos, saindo 1.000,97 metros cúbicos por habitante ao ano (m3/hab.ano) em 2015, para 961,29 m3/hab.ano em 2019. É uma situação crítica, alerta o relatório de situação dos recursos hídricos que será votado nesta sexta-feira pelos Comitês PCJ. A Organização das Nações Unidas (ONU) preconiza o limite de 1,5 mil metros cúbicos como disponibilidade per capita para todos os usos. Isso mostra que o problema do estresse hídrico na região de Campinas vem se agravando.
A redução da disponibilidade está diretamente ligada ao crescimento populacional. Segundo o Plano das Bacias PCJ 2020-2035, aprovado no final de agosto, 82% da disponibilidade hídrica da região está comprometida com o atendimento das demandas existentes, majoritariamente destinadas ao abastecimento público.
A demanda por água saiu de 85,74 metros cúbicos por segundo (m3/s) em 2018 para 88,67 m3/s no ano passado, sendo que a maior pressão foi para abastecimento público, que teve um significativo aumento de 57 m3/s em 2018 para 60 m3/se no ano passado.
Nesse período, a disponibilidade de água subterrânea por habitante ao ano passou de 128 m3 para 123 m3, indicando que essa fonte tem sido demandada cada vez mais ao longo dos anos, segundo o relatório.
Apesar da redução da disponibilidade de água, o índice de atendimento nas cidades das Bacias PCJ é bom, acima de 98%. Uma pequena parcela de municípios das Bacias PCJ ainda mantém níveis de atendimento considerado ruim, como é o caso de Campo Limpo Paulista (79,4%), Joanópolis (69,5%); Nazaré Paulista (46,2%) e Piracaia (67,4%). Além desses, os municípios de Itupeva (90,6%), Jarinu (85,2%), Santa Maria da Serra (92,1%) e Várzea Paulista (94%) encontram-se em um nível de atendimento regular.

Índice de perdas de água

O índice de perdas de água entre a captação nos rios e a torneira do consumidor ainda é bastante comprometedor na região. Atualmente, segundo o relatório, 33 cidades possuem índice de perda superior a 30%, sendo que 15 ainda atingem patamares maiores que 40%, como é o caso de Águas de São Pedro (40,5%); Americana (48,8%); Amparo (54,5%); Atibaia (44,2%); Campo Limpo Paulista (46,1%); Iracemápolis (53,5%); Louveira (40,5%); Pedreira (57%); Piracicaba (49,6%); Rio das Pedras (60,3); Salto (42,2%); Santa Bárbara d’Oeste (58,7%); São Pedro (47,9%); Sumaré (41,2%); e, Tuiuti (57,2%).
O relatório aponta a necessidade de os municípios buscarem soluções para reduzir esses índices e observa que os recursos oriundos das cobranças pelo uso da água foram destinados em grande escala para esse fim, mas que são insuficientes para o atendimento de todos os municípios. Por isso, orienta para a necessidade de composição de diagnósticos municipais mais detalhados, de elaboração de projetos e de articulação para alavancar mais recursos em fontes alternativas, visando à melhoria nos sistemas de distribuição de água.

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Junto com a queda na disponibilidade e as perdas, há mais um problema que afeta diretamente a qualidade da água: o tratamento de esgoto. Apesar da constante melhoria no indicador, o relatório aponta que a bacia ainda não atingiu o nível considerado bom com relação aos valores de referência adotados pelo Estado de São Paulo, permanecendo abaixo de 80% no índice de tratamento. Entre os anos de 2016 e 2017, notou-se uma evolução mais evidente do índice, passando de 73,1% para 76,1%, mas, como no ano anterior, em 2019 a evolução foi menos expressiva, passando de76,8%para 77,8%.

Plano prevê necessidade de R$ 7,6 bi de investimentos

O Plano de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ) prevê a necessidade de investimentos de R$ 7,6 bilhões até 2035 em 120 ações para melhorar a oferta e a qualidade de água na região – 88,9% dos recursos serão destinados à melhoria e recuperação da qualidade das águas. Uma das ações prevê a necessidade da implantação do tratamento terciário de esgoto.
O plano traz propostas de intervenções e programas envolvendo a proteção de mananciais de abastecimento; a garantia de suprimento hídrico e a redução das perdas nos sistemas de abastecimento público de água; a proteção das águas subterrâneas além de ações para promoção de educação, comunicação e inovação tecnológica.
Também são previstas medidas de apoio à gestão dos recursos hídricos, com ações como promoção de estudos diversos e manutenção do monitoramento em tempo real dos recursos hídricos da região. No plano são encontradas, ainda, várias diretrizes e recomendações para o poder público, para os setores usuários e para a sociedade civil.
Fonte: Correio.

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