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Plano de monitoramento de águas subterrâneas nas bacias PCJ chega na fase final

Reunião sobre última etapa do projeto foi realizada na segunda-feira (07/10/2019), na Agência das Bacias PCJ

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O Plano de Monitoramento Quali-Quantitativo das águas subterrâneas na região abrangida pelas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ) chega em sua fase final neste mês de outubro. A última etapa, que consiste na apresentação do plano de implantação da rede de monitoramento de águas subterrâneas, foi realizada na segunda-feira (07/10/2019), em reunião na Agência das Bacias PCJ, em Piracicaba.

Na ocasião, além do plano, foram apresentados um cronograma hierarquizado de implantação, a ser definido em função das necessidades apontadas nas etapas anteriores; uma estimativa de custos para a implantação de cada um dos pontos de monitoramento, e a minuta de um Termo de Referência para subsidiar a contratação da empresa que irá executar a implantação e operação da rede.

A apresentação foi realizada pela Profill Engenharia e Ambiente, vencedora da licitação realizada pela Agência das Bacias PCJ. O investimento é de R$ 721.151,28, provenientes da cobrança pelo uso da água em rios de domínio da União (Cobrança PCJ Federal). O estudo foi iniciado em outubro de 2018 deve ser concluído neste mês.

Monitoramento das águas subterrâneas é crucial para o planejamento e a gestão dos recursos hídricos

“O monitoramento das águas subterrâneas constitui importante elemento para o planejamento e a gestão dos recursos hídricos, fornecendo informações importantes tanto na qualidade quanto na disponibilidade do recurso hídrico e subsidiando ações de preservação da água subterrânea perante a sua poluição e super explotação. Essas informações são de supra importância, principalmente em localidades com restrições à disponibilidade hídrica ou de elevada pressão sobre os recursos hídricos superficiais seja em virtude de elevada concentração populacional e/ou industrial”, declarou a coordenadora de Projetos da Agência das Bacias PCJ, Elaine Franco de Campos.

“Os Comitês PCJ serão pioneiros no planejamento para posterior implementação de uma rede própria que integre o monitoramento de qualidade e quantidade das águas subterrâneas nas Bacias PCJ”, destacou Elaine.


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Segundo a coordenadora, a futura rede de monitoramento servirá de base para diversas ações e tomadas de decisão, desde subsídio de ações de controle da poluição ambiental bem como o estabelecimento de Valores de Referência de Qualidade até a criação de um banco de dados com grande histórico de modo a possibilitar um correto planejamento da exploração da água subterrânea para garantir seu universal acesso.

Além da Profill e das equipes das Coordenações de Projetos e de Sistema de Informações da Agência, participaram da reunião representantes das Câmaras Técnicas de Monitoramento Hidrológico e de Águas Subterrâneas dos Comitês PCJ (CT-MH e CT-AS), técnicos do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), da Sala de Situação PCJ, Cetesb(Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), e da empresa Novaes Engenharia, gerenciadora da Coordenação de Projetos.

Evitar colapso

A contratação desse plano deve-se à tendência progressiva das perfurações de poços e tem como objetivo evitar um colapso de vários sistemas de produção, o que geraria impactos permanentes ou de difícil e lenta reversão. Segundo informações da Coordenação de Projetos da Agência das Bacias PCJ, responsável pelo gerenciamento e acompanhamento do contrato, estima-se que mais de 6 mil poços, legalizados ou não, sejam usados para explorar as águas subterrâneas com produção superior a 127 milhões de m³/ano, o que representaria cerca de 16% do potencial hídrico subterrâneo total das Bacias PCJ.

O uso desordenado vem levando a uma série de conflitos como rebaixamento significativo dos níveis d’água, supressão ou redução de vazões de nascentes, diminuição das vazões de poços tubulares, abatimentos de terrenos e alteração da qualidade da água.

O plano de monitoramento contempla a elaboração da arquitetura (desenho) e do plano de implantação da rede de monitoramento. A arquitetura da rede de monitoramento envolve as seguintes atividades: a seleção dos pontos de monitoramento, relações hidráulicas a serem monitoradas, parâmetros e frequência de monitoramento. Já o plano de implantação da rede de monitoramento envolve a estimativa de custos e o planejamento da implantação com base na hierarquização de prioridades e necessidades junto à Sala de Situação PCJ.

Outros objetivos são a criação de uma série histórica da variação do nível d’água, a estimativa das reservas totais, permanentes e ativas, a avaliação das respostas dos aquíferos à sazonalidade climática, projeções de condições futuras de disponibilidade, avaliação da distribuição espacial da qualidade natural, identificação de contaminantes (tipo, fonte, determinação dos incidentes de contaminação) estabelecimento de Valores de Referência de Qualidade e a avaliação das tendências de concentração das substâncias monitoradas, em períodos de 10 anos.

Fonte: Agência das Bacias PCJ.

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