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Estudos na Margem Equatorial apontam que óleo não volta para a costa e Petrobrás realiza nova expedição científica na região

Novas evidências científicas chegam para derrubar as barreiras impostas à exploração de óleo e gás na Margem Equatorial brasileira

Uma das principais preocupações levantadas por ambientalistas é o risco de um vazamento de óleo chegar à costa do país, tocando em uma área ambientalmente sensível. No entanto, segundo a Petrobrás, mais de 428 equipamentos que medem o comportamento das correntes marítimas (chamados derivadores) já foram lançados por diversas instituições na região e confirmaram que as correntes marítimas seguiram direção em sentido contrário a costa brasileira.

O grande imbróglio na Margem Equatorial se dá no chamado bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas. A Petrobrás pretende perfurar um poço exploratório na região para avaliar o potencial de produção do bloco – que, apesar do nome, fica a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas. Porém, a exploração da área tem sido barrada pelo Ibama e pelo Ministério do Meio Ambiente. Uma das alegações da negativa da licença é justamente o risco de vazamento de óleo e seu impacto na comunidade local. A Margem Equatorial se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá e é considerada a nova e mais promissora fronteira exploratória em águas profundas.

“A Petrobrás não pretende perfurar em região costeira ou próxima a áreas sensíveis. Na Margem Equatorial, os blocos encontram-se distantes da costa, em águas profundas e ultraprofundas. No caso do Bloco FZA-M-59, a perfuração de poço exploratório deve ocorrer a uma distância de 160 km da costa e a mais de 500 km a noroeste da foz do rio Amazonas. A Petrobrás ratifica seu compromisso com a ciência e com o país”, declarou a companhia, em comunicado.

NOVA EXPEDIÇÃO VAI AVALIAR EXISTÊNCIA DE CORAIS

Outro tema sensível é a existência de recifes de corais na área. A Petrobrás também anunciou que foi iniciado o projeto de Caracterização Ecológica de Sistemas Recifais da Bacia da Foz do Amazonas. Estão sendo realizadas pesquisas por meio de expedições científicas a bordo do navio Vital de Oliveira, no âmbito de uma cooperação existente entre Petrobrás, Marinha do Brasil, Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) e Serviço Geológico do Brasil (SGB).

A Petrobrás disse que começou no último sábado (30) a segunda expedição do projeto, dando continuidade e aprofundando a investigação científica. As expedições ampliam a colaboração com grupos de pesquisa do país – em especial dos estados da região da Margem Equatorial, e contam com a participação de 29 pesquisadores, provenientes de nove instituições, além do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Marinha do Brasil. Os estudos serão realizados com coleta de material entre 130 e 800 metros de profundidade, a cerca de 150 quilômetros da costa, na porção marítima do Amapá.

“É a segunda expedição que realizamos na área. Agora vamos intensificar os estudos e atualizar dados. Futuramente aplicaremos tecnologias que foram usadas na Bacia de Santos, como inteligência artificial, drones e sensoriamento remoto para produzir conhecimento desse ambiente e compartilharmos essa oportunidade com a academia e demais instituições, especialmente com os grupos locais de pesquisa”, afirma o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates.

Em junho do ano passado, foi realizado um cruzeiro oceanográfico no Amapá com o objetivo de identificar a ocorrência de ambientes recifais, que abrangeu o mapeamento detalhado do leito marinho e a coleta de amostras para estudar a composição biológica e geológica do fundo. Segundo a petroleira, os resultados preliminares estão sendo publicados em revista especializada para divulgação à comunidade científica.

Conforme o Petronotícias mostrou, o pesquisador Luís Ercílio Faria Junior, doutor em Ciência Naturais da Universidade Federal do Pará (UFPA), que estudou a região por vários anos, afirma que as imagens de corais vivos na região, divulgadas em 2017 pela ONG internacional Greenpeace, foram manipuladas.

“Os mapas oficiais garantem que as regiões indicadas pelo Greenpeace como ‘Corais da Amazônia’ são, na verdade, rochas calcárias”, alertou. “Eu diria que os dados foram manipulados. A verdade é que os mapas geológicos oficiais, a partir de todos os estudos feitos na plataforma continental, indicam que a região assinalada pelo Greenpeace como Corais da Amazônia são rochas carbonáticas ou calcárias”, frisou o pesquisador.

Fonte: petronotícias


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