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Indústria brasileira de papel e celulose avança na redução do consumo de água

Empresas de papel e celulose investem em gestão, pesquisa e tecnologia para poupar água nos viveiros, na floresta e na produção

 

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Depois de atingir os melhores padrões mundiais, o desafio da indústria brasileira de papel e celulose é avançar na redução no consumo de água. Há 40 anos, o setor gastava de 180 m³ a 200 m³ de água para produzir uma tonelada de celulose. Hoje, o consumo caiu para 25 m³ de água por tonelada. O avanço é resultado de programas de redução de perdas na captação, do desenvolvimento de espécies mais resistentes à escassez hídrica, do manejo da floresta com soluções inovadoras como o plantio em mosaico, que intercala trechos plantados com florestas nativas, e do emprego de tecnologias como o reúso da água.

Fibria

No lançamento do relatório anual de atividades 2016, no mês que vem, a Fibria vai anunciar metas até 2025 para a água. A empresa é líder mundial na produção de celulose branqueada de eucalipto, com capacidade para 5,3 milhões de toneladas anuais. A meta é poupar 34 bilhões de litros em uma década com ações em três focos.

Na floresta, gestão hídrica de microbacias e disseminação de conhecimento técnico. Nos viveiros, redução de 17% do consumo de captação de água por muda produzida. Na indústria, redução de 17% do consumo de captação de água por tonelada de celulose produzida. “A missão é produzir mais com menor impacto e uso de recursos naturais”, afirma Umberto Cinque, gerente de meio ambiente industrial da Fibria.

Veracel

A Veracel, que produz 1,1 milhão de toneladas de celulose branqueada de eucalipto por ano, investe em novas tecnologias para reduzir 10 % no uso de água, para 24 m³ por tonelada de celulose produzida. O consumo de água do rio Jequitinhonha, que abastece a unidade no sul da Bahia, hoje chega a 3,3 milhões de litros por hora, mas três milhões de litros voltam à natureza depois de tratados.

A água é devolvida ao rio 800 m antes da captação. Espécies mais resistentes reduzem o consumo de água na floresta de mais de 200 mil hectares. Um hidrogel ambientalmente correto ajuda a minimizar a necessidade de água da planta. “No nível que estamos, o desafio é a gestão do consumo para a produção”, diz Ari Medeiros, diretor de operações da Veracel.

Klabin

A Klabin, com capacidade de produção de 2 milhões de toneladas/ano de papel e 1,5 milhão tonelada/ano de celulose para o mercado em 17 unidades, desenvolve programas que começam no monitoramento das bacias. Na floresta há projetos de modelagens ecofisiológicas e de adaptação de espécies ao clima, além do emprego de tecnologias de plantio que evitam a irrigação e da aplicação de gel na planta para a retenção de água. Na indústria, o foco está nas quatro grandes unidades: Otacílio Costa (SC), Telêmaco Borba (PR), projeto Puma, em Ortigueira (PR) e em Correia Pinto (SC).

“Cuidar da qualidade do solo, da água e do ar é da nossa natureza”, diz Francisco Razzolini, diretor de tecnologia e unidade de celulose da Klabin.

Suzano

A Suzano gerencia os recursos hídricos da perpetuidade das fontes ao tratamento da água consumida. Em duas fábricas chegou a reduzir o consumo de água em até 10%. A empresa investe R$ 100 milhões na expansão e modernização da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) da Unidade Mucuri, para melhorar a qualidade da água devolvida ao rio que abastece a fábrica da Bahia.

Foto: Veracel

Fonte: Valor

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