NOTÍCIAS

Fungo de alga encontrada na Antártida contém substâncias com potencial para proteção solar

As substâncias biotivas extraídas do fungo Arthrinium sp., além de propriedades fotoprotetoras, são antioxidantes e têm menor potencial de agressão ao meio ambiente

 

Fungo de Alga USP
Imagem Ilustrativa do Canva – Antártica

 

Organismos marinhos que habitam as gélidas águas dos oceanos do Continente Antártico são frequentemente estudados por se adaptarem ao ambiente hostil da região e também por resistirem aos níveis altíssimos de raios ultravioleta (UV) que incidem na atmosfera.

De uma expedição que ocorreu em 2015 para a Antártida, pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP coletaram e isolaram, em laboratório, compostos naturais (metabólitos secundários) produzidos por um minúsculo fungo chamado Arthrinium sp., proveniente da alga Phaeurus antarcticus.

O fungo endofítico Arthrinium sp. e a alga Phaeurus antarcticus encontrados no Continente Antártico – Fotos: Cedidas pelos pesquisadores

 

Os resultados mostraram que as substâncias bioativas, além de potencial uso como protetor solar, tinham baixa toxicidade para a pele humana, propriedades antioxidantes e menor potencial de agressão ao meio ambiente.

Segundo a pesquisa, a busca por novos compostos com capacidade fotoprotetora e de origem natural é importante porque substâncias como a oxibenzona, bastante utilizada em formulações fotoprotetoras, além de ser um potente contaminante ambiental foi relacionada a casos de dermatite de contato.


LEIA TAMBÉM: POLANTAR – BRASIL TEM NOVA POLÍTICA NACIONAL PARA ASSUNTOS ANTÁRTICOS


 

O câncer de pele é outra questão preocupante. É o tipo mais frequente na população brasileira e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no País, sendo a maioria em decorrência da elevada exposição aos raios ultravioleta, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

“O sol, além de causar câncer, envelhecimento precoce e queimaduras, leva à produção de moléculas chamadas de EROs [espécies reativas de oxigênio] que são altamente oxidantes e fazem mal à saúde”, explica, ao Jornal da USP, a pesquisadora Ana Carolina Jordão.

Ela é autora da dissertação de mestrado Prospecção química e estudo do potencial fotoprotetor e imunomodulador do fungo endofitico Arthrinium sp. isolado da alga Phaeurus antarcticus, realizada sob orientação da professora Hosana Maria Debonsi, do Laboratório de Química Orgânica do Ambiente Marinho da FCFRP.

Fonte: Jornal da USP


ÚLTIMAS NOTÍCIAS: FEBRE MACULOSA – SP CONFIRMA MAIS DUAS MORTES; ENTENDA A DOENÇA

ÚLTIMAS NOTÍCIAS: SERTÃO DO PIAUÍ – PROJETO DE ACESSO À ÁGUA POTÁVEL TEM RETORNO 6 VEZES MAIOR QUE VALOR INVESTIDO

ÚLTIMAS NOTÍCIAS: