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Os leilões para contratação de energia vão incluir armazenamento em baterias

Energia renováveis

Os leilões com soluções de armazenamento de energia em baterias deve aumentar a produção de renováveis, como a eólica

A partir do primeiro semestre de 2023, os leilões para contratar mais energia vão incluir o armazenamento em baterias.

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Energia Renováveis – Os leilões com soluções de armazenamento de energia em baterias deve aumentar a produção de renováveis, como a eólica.

Os leilões realizados pelo governo federal para contratar mais energia vão incluir soluções como o armazenamento (de energia) em baterias a partir do primeiro semestre de 2023, segundo o diretor de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Thiago Prado. Isso pode trazer um novo fôlego para os projetos de geração solar e eólica, que são considerados intermitentes, porque condições externas, como a falta de vento ou de radiação solar, trazem grandes variações na geração, podendo até paralisar a produção de energia. Até então, se defendia que as térmicas – que usam matérias-primas como óleo diesel ou carvão – eram as geradoras que poderiam dar estabilidade às energias renováveis.

“A ideia é que as renováveis consigam competir com as térmicas e isso vire um benefício para o consumidor”, disse Thiago, que veio ao Recife participar do workshop Subestações Digitais e Armazenamento de Energia, que ocorreu na semana passada.

Ele estava se referindo as geradoras eólica, solar e até as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) que também vão poder usar o armazenamento de energia em grandes baterias.


 

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Muitos técnicos do setor acreditam que pode aumentar a geração de energia eólica e solar, como consequência do uso do armazenamento em baterias. “O armazenamento também vai permitir guardar a energia para descarregar num momento em que a energia está mais cara”, disse o diretor de Engenharia da Micropower, José Neto, durante a palestra concedida no evento. A Micropower atua na área de desenvolvimento de sistemas isolados, tendo na sua composição acionária quatro empresas, incluindo a multinacional Siemens.

O armazenamento em bateria também vai permitir o uso de energias renováveis nos sistemas isolados existentes principalmente no Norte do País. Neles, a forma mais comum de gerar energia são as térmicas a óleo diesel. Só lembrando, a queima de combustíveis fósseis contribuem para o aquecimento global.

O diretor de negócios corporativos na Acumuladores Moura, Luiz Mello, disse que o Brasil pode se tornar um exemplo de sustentabilidade, caso os leilões incluam o armazenamento em baterias. Famosa pelas baterias automotivas, a companhia pernambucana vem desenvolvendo baterias com outras finalidades, como armazenar energia para o setor elétrico, há 10 anos.

“A implantação dessas baterias vai reduzir a emissão de carbono, substituindo a queima do combustível fóssil. É uma decisão de vanguarda em nível mundial. E a Moura está pronta para ser o fornecedor dos mais diversos modelos de armazenamento numa tecnologia feita por mãos brasileiras”, comentou Luiz.

O que pode ser um entrave para o crescimento do sistema de armazenamento em baterias, segundo técnicos, é a quantidade de impostos que incide sobre a bateria, que é tributada de duas maneiras diferentes no Brasil. Uma tributação enquadra a bateria como carga e a outra a bateria como energia. E aí é bom lembrar que até antes dessa redução do ICMS, cerca de 50% do preço final de uma conta de energia ao consumidor era formada por impostos, taxas, encargos setoriais recolhidas pelas três esferas do governo.

Os leilões e o setor elétrico

Geralmente, no setor elétrico o governo federal faz leilões para contratar os empreendimentos que vão instalar novas usinas para produzirem mais energia. Os vencedores fazem os investimentos, implantam os empreendimentos e devem entregar energia dentro do prazo previsto no edital do leilão. Até este ano, não estavam previstas soluções de armazenamento nestes certames.

Em maio deste ano, já existiam 10 gigawatts (GW) de capacidade instalada em armazenamento no mundo. No Brasil, já existem vários empreendimentos pequenos, fazendo esse tipo de armazenamento que deve crescer muito, quando passar a fazer parte da solução da entrega da energia como um todo.

Fonte: Movimento Economico


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