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Concentração de gases de efeito estufa bate recorde e ONU revela tragédia iminente

Concentração de gases de efeito estufa bate recorde e ONU revela tragédia iminente

Efeito estufa

Dois estudos diferentes comprovam que o mundo não está tomando as medidas necessárias para conter as mudanças climáticas

Dois estudos diferentes divulgados por organizações ligadas à ONU nesta segunda-feira (28) revelaram que todos os países do mundo precisam fazer esforços muito maiores. Apenas assim será possível conter as tragédias ambientais provocadas pelas mudanças climáticas.

O primeiro documento, da Organização Meteorológica Mundial (OMM), mostra que a concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera bateu todos os recordes históricos. Isso ocorreu em 2023.

Esses gases, em especial o dióxido de carbono (CO2), são os maiores responsáveis pelas mudanças climáticas. Conter as emissões é essencial para evitar o aquecimento global, mas os dados mostram que o mundo está falhando nessa batalha.

Segundo a OMM, a concentração dos gases está ocorrendo “mais rápido do que em qualquer outro momento da existência humana” e aumentaram 11,4% em apenas 20 anos.

A OMM diz que o aumento nas concentrações de CO2 do ano passado pode ter sido causado pelos incêndios florestais. Esses incêndios ocorreram em biomas brasileiros como a Amazônia e o cerrado

As concentrações de CO2 são agora 51% maiores do que os níveis pré-industriais, enquanto o metano, outro potente gás de efeito estufa, está 165% maior do que em 1750, disse a OMM.

Metas pouco ambiciosas

O segundo relatório, do órgão da ONU responsável por coordenar as políticas mundiais de combate às mudanças climáticas (UNFCCC), também alerta para uma tragédia ambiental iminente. O documento reforça a necessidade de ações urgentes.

O órgão fez um levantamento conjunto das metas anunciadas individualmente pelos países para combater as mudanças climáticas. Essas metas são conhecidas como NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas, na sigla em inglês).

O resultado aponta para um grande fracasso mundial na tentativa de evitar o aquecimento global.

As atuais NDCs combinadas vão reduzir apenas 2,6% das emissões de gases de efeito estufa até 2030, em comparação com os níveis de 2019.

Isso fica muito aquém da redução de 43% até 2030 que seria necessária para evitar os piores impactos das mudanças climáticas.

O relatório indica ainda que, com as atuais metas, os países não conseguirão atingir o objetivo de emissões líquidas zero até 2050, conforme recomendado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

“As descobertas do relatório são duras, mas não surpreendentes”, disse o secretário executivo da ONU sobre Mudanças Climáticas, Simon Stiell.

“Os atuais planos climáticos nacionais estão muito aquém do que é necessário para impedir que o aquecimento global prejudique todas as economias e destrua bilhões de vidas e meios de subsistência em todos os países,” disse ele, anunciando uma tragédia iminente.

Os países precisam apresentar planos novos e mais fortes até metade do ano que vem.

Antes disso, os líderes de todo o mundo vão se reunir em mais uma conferência climática da ONU, a COP29 no Azerbaijão, no mês que vem.

Stiell já vem alertando há tempos sobre uma falta de ambição em algumas das metas.

Além disso, para piorar a situação, não há grandes perspectivas de que metas muito mais ambiciosas surjam na COP. Portanto, isso poderia transferir essa demanda para a COP30, que ocorrerá no ano que vem em Belém.

Fonte: CNN


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