Projetos multipropósito somariam mais de 12 mil litros por segundo
Por 3 ou por 4? A verdade é que estão previstos projetos com capacidades que poderiam quadruplicar a capacidade instalada atual até o final da década.
As autoridades enfrentam dificuldades para coletar informações precisas sobre as plantas dessalinizadoras no Chile. Dificuldades devido à falta de precisão das informações oficiais, centralizadas e atualizadas sobre os projetos e instalações de dessalinização. Além disso, os números variam dependendo da fase de desenvolvimento dos projetos e da aprovação ambiental. No entanto, uma certeza permanece: atualmente o Chile é o maior mercado latino-americano de dessalinização e espera-se a continuidade no futuro.
Isso se deve a várias razões, incluindo a demanda da indústria mineradora, a crescente escassez de água exacerbada pelas mudanças climáticas e o déficit permanente de precipitação em extensas áreas do país, incluindo as regiões central e sul, que são as mais povoadas e também as mais intensivas em agricultura.
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O Chile é considerado líder regional porque se destaca regionalmente em projetos de dessalinização e outros tipos de projetos de tecnologia de ponta. Como exemplo, o Hidrogênio Verde, pois o país possui boas qualificações nas tarefas básicas.
Por que o Chile?
De um lado, tem estabilidade econômica, o que permite trabalhar com taxas de câmbio estáveis. Por outro lado, tem empresas especializadas maduras e uma boa conexão mundial para o fornecimento de equipamentos, sem grandes custos de importação. O primeiro censo nacional de plantas dessalinizadoras no Chile, publicado recentemente pelo jornal El Mercurio, revelou que o país conta com 28 plantas em operação e construção, além de outras 15 em fase de projeto.
Essas informações diferem do relatório “Dessalinização: Oportunidades e Desafios para enfrentar a insegurança hídrica no Chile”, elaborado pelo Comitê Consultivo Científico para Mudanças Climáticas (C4) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Conhecimento e Inovação e apresentado em dezembro de 2022, que menciona a existência de 38 plantas operacionais e uma capacidade de dessalinização de 8.535 l/s. Segundo o segundo relatório, se todos os projetos e ampliações anunciados forem realizados, a capacidade de dessalinização operacional poderia quadruplicar, chegando a 38.766 l/s distribuídos em 76 plantas.
Fonte: ALADYR
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