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Convênio busca locais para a instalação de novas usinas nucleares no Brasil

Um convênio celebrado entre o Ministério de Minas e Energia e o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), da Eletrobras, inicia um acordo de cooperação para estudar locais que possam abrigar novas usinas nucleares no país.

Acordo entre Ministério de Minas e Energia e Cepel procura novos sítios para atender demanda do PNE 2050

Imagem Canva: Usina Nuclear Rio de Janeiro 

Atualmente, o Brasil possui apenas duas unidades deste tipo, ambas em Angra dos Reis, na Costa Verde, no Rio de Janeiro.

O acordo pretende auxiliar no cumprimento do Plano Nacional de Energia (PNE) 2050. O documento prevê uma expansão de 8 a 10 gigawatts na oferta de energia gerada pela forte nuclear no período, o que demandaria a construção de novas usinas para atender à demanda.

Segundo o governo, a medida é parte dos esforços de diversificação da matriz energética, para reduzir a dependência da fonte hídrica.

O Brasil tem, atualmente, uma terceira usina em desenvolvimento. Angra 3 começou a ser construída em 1984 e passou por diversas interrupções.

A construção foi retomada por último em 2010 e novamente paralisada em 2015, por conta de denúncias de corrupção e falta de recursos.

O governo já anunciou a intenção de retomar as obras de Angra 3. Já houve um consórcio vencedor para a execução da obra do Programa de Aceleração do Caminho Crítico, para a construção dos prédios de segurança e conclusão do prédio reator.

O ato, no entanto, ainda precisa ser avalizado pelo Conselho de Administração da Eletrobras. Atualmente, a fonte nucleoelétrica é responsável por 1,1% da matriz energética brasileira


 

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A Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras responsável pela gestão do parque nuclear brasileiro, será segregada do grupo, para que seja possível privatizar a estatal. Isto acontece porque a constituição brasileira determina o monopólio da União na construção e na operação de reatores nucleares.

Assim, os ativos da empresa e da Itaipu Binacional serão transferidos para uma recém-criada companhia federal: a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar).

Sobre novas usinas, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse no início de dezembro que o Rio de Janeiro é forte candidato a receber a quarta instalação deste tipo.

A quarta usina seria um investimento mais imediato, por estar previsto no Plano Decenal de Expansão de Energia 2030. Assim, especialistas apontam que Angra levaria vantagem porque, em virtude das unidades já instaladas, os estudos sobre a área são profundos e integralmente conhecidos por todos os envolvidos.

No entanto, a nova usina seria o limite para o complexo.

Os estudos trabalham ainda com duas outras possibilidades, nos estados de Espírito Santo e Pernambuco. O país tem ampliado o enriquecimento de urânio, que é o combustível utilizado das usinas.

Em outubro, foi inaugurado mais um equipamento para este fim, na sede das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende, sul do Rio de Janeiro.

O Brasil trabalha ainda na construção de um quarto reator: o do submarino de propulsão nuclear, construído pelo Instituto de Ciências Náuticas e pela Nuclep. Neste caso, o combustível seria urânio enriquecido a cerca de 20%.

O nível é bem acima dos 4,25% demandado pelas usinas brasileiras, mas distante dos 90% necessários para armas nucleares.

Fonte: CNN


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