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Ceará tem meta de produzir 1 milhão de toneladas de hidrogênio verde até 2030

Planos fazem parte da parceria do Estado com o Porto de Roterdã; produção depende da garantia de investimento em infraestrutura local

O Governo Elmano sonha alto quanto o tema é o setor energético. Nos cinco primeiro meses da gestão, foi intensa a agenda de encontros, discussões e negociações para atrair investimento para o Ceará. O Estado ambiciona ser um polo produtor de hidrogênio verde, capaz de impactar a economia cearense. A meta do Governo do Estado é que 1 milhão de toneladas de hidrogênio verde sejam produzidas Ceará até 2030. O objetivo foi anunciado pelo secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará, Salmito Filho.

A expectativa é que, no Hub de Hidrogênio Verde (H2V) que está sendo implementado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), sejam produzidos 25% do total de H2V do Porto de Roterdã, parceiro no Ceará na empreitada. Na semana passa, Salmito Filho esteve em Brasília, onde falou a senadores sobre as oportunidades que o Estado vislumbra para o setor. As projeções da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho incluem o potencial de criação de cerca de 100 mil empregos em toda a cadeia produtiva das energias renováveis e do hidrogênio verde.


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Para alcançar a meta, é preciso garantir investimento em infraestrutura do CIPP, incluindo de produção de energia. Para ele ser considerado verde, o hidrogênio preciso se produzido a partir de fontes limpas e renováveis – solar ou eólica, por exemplo, para citar dois setores que também estão na mira da gestão estadual.

SETOR FINANCEIRO

A Comissão Especial sobre Hidrogênio Verde (CEHV) do Senado Federal ouviu, na semana passada, representantes de instituições financeiras envolvidas no financiamento de projetos de geração sustentável de energia. Durante a audiência, os participantes demonstraram otimismo em relação às perspectivas de produção em escala industrial de hidrogênio no país.

Jorge Arbache, vice-presidente de Setor Privado do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), ressaltou a rápida transição energética em âmbito internacional devido aos acordos ambientais. Ele destacou que o Brasil possui grandes oportunidades devido à predominância de fontes limpas e renováveis em sua matriz energética.

Arbache afirmou que o Brasil tem uma “oportunidade inigualável” no setor de hidrogênio verde, principalmente no Nordeste, desde que essa forma de energia seja utilizada para alimentar a produção industrial de produtos acabados no país, em vez de exportar o hidrogênio para outros países. Ele enfatizou que a CAF está pronta para oferecer parcerias e apoio técnico para atrair investimentos nesse setor.

Luiz Alberto Esteves, economista-chefe do Banco do Nordeste do Brasil, também destacou a importância do investimento em hidrogênio verde para estimular o desenvolvimento regional e reduzir desigualdades. Ele ressaltou que a região possui recursos energéticos estratégicos para direcionar a economia global nas próximas décadas. Esteves chamou a atenção para o interesse de grandes grupos econômicos na produção de hidrogênio na região e afirmou que o Brasil tem plenas condições de se tornar um hub de soluções energéticas limpas.

Fonte: Opnião Direto ao Ponto


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